Copa no escuro?
No último dia 31 deflagra-se a greve dos servidores da CEEE (Companhia Estadual de Energia Elétrica), tendo a adesão de mais de 70% dos trabalhadores que seguem firmes mesmo em meio ao assédio moral e multas de R$ 50.000/dia expedidas pelo TRT.
Junho não acabou; tampouco os ensinamentos do maior Levante dos últimos tempos estão todos apontados. A certeza é sim que a luta conquista e ela é contagiosa… O ano de 2014 começa com intensas mobilizações, foi assim com a greve dos rodoviários em Porto Alegre e com a luta dos garis no Rio de Janeiro e no ABC paulista. Agora são os eletricitários no Rio Grande do Sul que estão reivindicando seus direitos.
No último dia 31 deflagra-se a greve dos servidores da CEEE (Companhia Estadual de Energia Elétrica), tendo a adesão de mais de 70% dos trabalhadores que seguem firmes mesmo em meio ao assédio moral e multas de R$ 50.000/dia expedidas pelo TRT.
Dentre as várias pautas estão, além da reposição salarial, o plano de saúde que teve aumento de 25% e pouco retorno aos trabalhadores; o PPR (plano de participação dos recursos) que no “apagar das luzes” a empresa alega falta de recursos para pagar, mesmo com as metas alcançadas pelos eletricitários; e também o PCS (plano de cargos e salários) que em 2013 não foi cumprido, segundo a diretora do SENERGISUL Ana Maria Spadari.
Mas os problemas não acabam aí: o sucateamento da empresa também preocupa os seus colaboradores. A falta repasse dos recursos para a manutenção da infraestrutura é proposital na tentativa de afirmar que a companhia não gera lucros.
“A empresa tem alegado com frequência a preocupação com a renovação da concessão por parte do governo. A bem da verdade, a redução na tarifa de energia que foi propagandeada pelo governo federal no ano passado, serviu apenas para antecipar a concessão da parte geradora e transmissora (GT), mas a distribuição ainda é assombrada por esse “fantasma”. A esperança estava no crédito do CRC, um dinheiro que viria equilibrar as contas e garantir o investimento necessário. Mas o governo estadual abocanhou um valor estimado em R$ 1,3 bilhão para o caixa único (a oposição contesta esse objetivo na Assembleia), sob alegação que assumiria o pagamento dos aposentados ex-autárquicos da Companhia. Há quem afirme que o governo estaria preparando o terreno para a entrega do patrimônio.”, divulgam os eletricitários através de nota de esclarecimento.
No fim de tudo quem paga caro são os eletricitários e os consumidores!
Estamos JUNTOS! na defesa dos eletricitários, bem como contra qualquer ameaça de privatização da CEEE. Sigamos na luta!
Entrevista com trabalhador em greve: https://www.youtube.com/watch?v=QSAbZlWEhn8