A juventude declara guerra a Geraldo Alckmin
Diante da postura ditatorial do governo de São Paulo e da demissão de dezenas de metroviários, a juventude não tem outro caminho se não o de declarar guerra a Geraldo Alckmin.
Bárbarie. Foi com esse espírito que o governo de São Paulo veio disposto a demolir a greve dos metroviários nessa segunda-feira (9). O aparato repressivo da tropa de choque foi mobilizado para que, em plena luz da manhã, bombas fossem lançadas contra trabalhadores grevistas e manifestantes do movimento social solidários à greve. Foram presas trezes pessoas.
Não bastasse isso, ainda pela manhã, Geraldo Alckmin decidiu demitir cerca de sessenta metroviários que participaram de piquetes, uma ação ditatorial que não encontra precedentes na história da categoria. Com o cassetete e a caneta, Alckmin tentou a todo custo desmobilizar o movimento, que já tinha o apoio da juventude e de diversas outras categorias de trabalhadores. Não conseguiu. Após reunião entre o sindicato e a secretaria de transportes, o governador declarou que as negociações estavam encerradas e as demissões mantidas. Em assembleia realizada durante a noite, os metroviários decidiram seguir mobilizados e retomar a greve na quinta-feira (12) até que suas reivindicações sejam atendidas e seus colegas reincorporados.
A criminalização da luta popular é lugar comum nos governos tucanos. No entanto, diante do caos nos transportes experimentado pela população, com as categorias do setor mobilizadas contra as más condições de trabalho e pela melhoria do serviço, é inaceitável o que acontece hoje em São Paulo. Geraldo Alckmin declarou guerra ao movimento social e à juventude de São Paulo. Então, também nós declaramos guerra a ele. Nenhum passo atrás contra a política autoritária, anti-popular e policialesca de Alckmin.
Se no que depende do palácio, a situação dos grevistas é muito ruim, na rua, ao lado de setores organizados dos trabalhadores de outras categorias e da juventude, os metroviários em luta encontram apoio para dar sequência a essa guerra que está longe de terminar. Na semana de início da Copa do Mundo, o governo deu seu recado: nenhum disposição ao diálogo. O movimento, no entanto, também diz a que veio: nenhuma disposição ao silêncio. A juventude está convocada para derrotar os tucanos em São Paulo, fazendo valer nossa disposição de luta e transformação reacesa um ano atrás nas jornadas de junho de 2013. O junho de 2014 também é de luta, e, no que depender de nós, também será de vitórias!