Juntos USP ((estudantes e servidores))
Na última sexta-feira, a Reitoria da USP encaminhou um comunicado à toda comunidade universitária informando que o Ministério Público concedeu liminar de reintegração de posse dos prédios com piquetes e o uso da foça policial para reprimir a greve dos trabalhadores. Este á mais uma demonstração do autoritarismo da Reitoria da Universidade, que se nega a negociar com o movimento há dois meses em greve. Nos últimos dias, a Reitoria também anunciou o corte de ponto dos grevistas, ignorando o direito fundamental de greve para intimidá-los.
Para acabar com a greve na USP, Zago segue à risca o modelo tucano de lidar com os trabalhadores. Assim como Alckmin fez com a greve dos metroviários, Zago não senta para negociar e se utiliza de métodos autoritários para tratar os conflitos políticos. Esta postura revela a real face deste reitor que foi eleito prometendo criar a gestão do diálogo, mas que repete os piores momentos da gestão do ex-reitor Rodas. Não vamos permitir que o movimento na Universidade seja tratado como caso de polícia!
Os servidores e professores da USP estão há dois meses em greve contra o arrocho salarial e a defesa da Universidade Pública e gratuita. A Reitoria joga a responsabilidade pela crise orçamentária na folha de pagamento dos trabalhadores para se esquivar de sua responsabilidade com a má administração do dinheiro público e a falta de transparência das finanças da USP nas últimas gestões, das quais Zago fazia parte. O reitor fala da necessidade de cortes orçamentários, mas a Reitoria esconde para onde está indo a verba da Universidade se negando a abrir a caixa preta da Universidade.
Estamos juntos na luta dos trabalhadores da USP! Greve não é caso de polícia!
A luta contra o 0% já é histórica. Há muitos anos os trabalhadores não faziam uma greve tão ampla e fortalecida. Mesmo após a intransigência após 5 rodadas de negociação com representantes da Reitoria, a greve não desanimou mesmo diante do período de férias e de Copa do Mundo. O Juntos! tem orgulho de fazer parte desta mobilização e está ao lado dos trabalhadores da USP e das demais estaduais paulistas contra a intransigência dos Reitores e de Alckmin. Pelo direito ao reajuste dos trabalhadores, o direito fundamental de greve e contra o autoritarismo de Zago, seguiremos juntos!