#18M: Um grito anticapitalista em Frankfurt
Frankfurt dificilmente esquecerá tão cedo o 18 de março. Que o grito anticapitalista de Frankfurt incendeie ainda mais o espírito de resistência da juventude!
Enquanto a polícia de Ângela Merkel explicava com seus canhões de água aos manifestantes o que significava a liberdade numa das capitais do neoliberalismo, as barricadas acinzentavam o céu de Frankfurt com a fumaça anticapitalista. Noticiários televisivos reportavam a coragem de três alpinistas, que aproveitando uma brecha da segurança, escalaram a suntuosa sede do BCE para estender a faixa “Capitalismo mata”. Das ruas, era possível ouvir a todo instante o grito de guerra dos manifestantes: “Anti, anti, anticapitalistas!”.
Alguns ativistas mais “antigos” certamente se recordaram das tardes de julho de 2001 em Gênova. Uma lembrança mais do que válida. Mas, ao contrário daquela época, a vanguarda combativa de hoje pode contar, em alguns lugares pelo menos, com um desenvolvimento maior de alternativas políticas radicais ao fundamentalismo de mercado. Syriza (que, aliás, é herdeiro direto do movimento altermundista do período de Gênova) no governo da Grécia, incomodando os poderosos da banca ao instalar a auditoria da dívida grega, constitui o exemplo mais concreto de que a organização da indignação anticapitalista é o pavor dos capitalistas.
A Europa está em chamas. Que o grito anticapitalista de Frankfurt incendeie ainda mais o espírito de resistência da juventude!
Charles Rosa é da Equipe de Comunicação do Juntos!