Sartori quer privatizar a educação gaúcha. Nós dizemos NÃO!
O governador Sartori enviou à Assembleia um projeto que abre caminho para a privatização da escola pública gaúcha. Nós dizemos NÃO!
Por Fabiana Amorim, diretora da UBES pelo Juntos nas Escolas
O Rio Grande do Sul vive um momento de crise. E assim como a nível federal, o governo tem tentado empurrar essa conta nas costas dos trabalhadores e da juventude. Felizmente, tem esbarrado em muita mobilização.
Em todas as suas entrevistas, o governador Sartori tenta se esquivar de sua responsabilidade política com a situação caótica dos serviços públicos no estado. Mais uma absurda expressão disso, é o projeto de lei 103/2015, que pretende criar parcerias público-privadas (PPP’s) nas escolas, onde permite a participação de pessoas físicas ou jurídicas na doação de recursos.
Ora, já é um DEVER garantido pela Constituição o Estado investir em educação, bem como o acesso de todos e todas à mesma. Mas o que o governo do Rio Grande do Sul está tentando fazer é, além de sucatear a educação pública, parcelando os salários dos educadores e cortando a verba destinada a cada escola, é mercantilizar o ensino, e fazer com que estudantes de escola pública sejam mera mão-de-obra barata aos olhos das empresas privadas
A promoção de parcerias público-privadas nas escolas gaúchas abre caminho para a privatização do ensino médio pois tira a responsabilidade do governo estadual investir na educação e permite a influência da iniciativa privada no que será ensinado na escola pública.
Nós do Juntos! nas Escolas reafirmamos a defesa da educação pública, por nenhum parcelamento de salário e contra o pacotaço e as privatizações de Sartori. A saída para a crise é auditar a dívida do estado e parar de dar isenções fiscais às grandes empresas.
No dia 11 de agosto, milhares de estudantes foram pras ruas denunciar os ataques de Sartori à educação gaucha e no dia 18 de agosto, mais de 30 mil trabalhadores marcharam nas ruas de Porto Alegre já demonstraram o que o povo gaúcho fará caso Sartori não pare de atacar direitos.