BELÉM 400 ANOS: A JUVENTUDE PRECISA RETOMAR O PROTAGONISMO DE MUDANÇAS EM NOSSA CAPITAL
Nesses 400 anos, não podemos mais aceitar o descaso da gestão de Zenaldo Coutinho e do PSDB na prefeitura de Belém, que divide o povo da cidade entre privilegiados e criminalizados, negando a muitos o direito de ser cidadão, o direito a cidade, principalmente para a juventude.
Hoje a capital paraense, uma das mais antigas do Brasil e sede de muitas histórias de lutas e conquistas, completa 400 anos. Uma data muito simbólica que de fato precisa ser lembrada tanto em forma de celebrar, como de refletir sobre o presente de nossa cidade e projetar o futuro que queremos!
Durante as comemorações oficiais, não podemos esquecer que infelizmente ainda é difícil comemorar uma cidade com muitos problemas sociais, econômicos e também ambientais. A saúde em nossa capital está um caos, e até incêndio tivemos no HPSM por falta de manutenção e reforma por parte da prefeitura. Muitos belenenses ainda vivem em constantes alagamentos e sem nenhum tratamento de esgoto, onde o Instituto Trata Brasil em 2015, aponta Belém como a 8º pior cidade do Brasil no ranking de saneamento básico, e também como a pior capital da Amazônia em relação a água tratada.
Não podemos mais aceitar o descaso da gestão de Zenaldo Coutinho e do PSDB na prefeitura de Belém, que divide o povo da cidade entre privilegiados e criminalizados. Uma cidade que ainda nega a muitos o direito de ser cidadão, o direito a cidade, principalmente para a juventude.
A quem pertence o futuro de Belém se não à juventude? Infelizmente nos 400 anos de Belém ainda são escassos os espaços para jovens, principalmente os da periferia. A maioria das políticas públicas não contemplam a juventude, a maioria dos espaços não incluem a juventude, enquanto que vemos nossos jovens sendo uma das principais vítimas da violência crescente na cidade. O Índice de Homicídios na Adolescência (IHA), aponta Belém como a 5ª capital com maior número de morte de adolescentes e as notícias midiáticas apontam nossa juventude matando e morrendo! Até quando?
Espaços de incentivo cultural são escassos e área de pouco investimento da atual gestão da prefeitura de Belém. A maioria dos espaços culturais hoje são iniciativas feitas com as próprias mãos do povo e pela nossa juventude, que muitas vezes é criminalizada e discriminada pelos programas televisivos e pela polícia militar. Só o que temos a comemorar é que, felizmente, mais e mais espaços de ocupações culturais, artísticas, políticas e questionadoras estão crescendo a cada ano, mostrando que existe uma nova geração surgindo e ocupando os espaços da cidade.
Para as mulheres a situação só se agrava em Belém a crescente falta de creches, aliado ao aumento nos índices de violência contra mulher deixam a vida de cada uma mais difícil. Ano passado em apenas 8 meses mais de 5 mil casos de violência contra a mulher foram registrados na grande Belém e a prefeitura até hoje não implementou medidas eficazes de combate a violência e assistência adequada a todas as mulheres vitimas. Ao mesmo tempo, quando o assunto é creche, milhares de mães, trabalhadoras e estudantes estão desassistidas pela prefeitura do PSDB, que deixou um déficit de 74% de vagas deixando de fora cerca de 5.700 crianças. Às mulheres que sempre foram negados diversos direitos, chamamos para a luta por uma cidade que pertença as trabalhadoras, as mães, as lgbts, negras, jovens, estudantes.
Nesses 400 anos de Belém precisamos dar um recado ocupando as ruas, as praças, as periferias e a política. Chamamos a juventude a OCUPAR NOSSA CIDADE NOVAMENTE. Chamamos a juventude a protagonizar a construção do nosso futuro, com mais acesso, inclusão, políticas públicas, saúde, educação, reconhecimento e respeito. Precisamos retomar o legado de 400 anos de resistência e de muitas conquistas, e projetar a Belém que queremos, pois é da juventude de hoje que pertence o futuro de nossa capital. Estamos juntos!