A escola também tem que ser nossa: #VaiTerShortinhoSim
Nós do Juntas! e do Juntos! nas Escolas fazemos um chamado para todas as meninas do Brasil a se levantarem contra as regras que nos humilham e nos privam a liberdade.
Porto Alegre. 39 graus. Mais de 300 meninas da maior escola da cidade se únem para reinvindicar um direito que deveria ser básico: não sentir calor. A repercussão da mobilização das estudantes trouxe à tona um debate existente entre diversas escolas públicas e privadas de todo país: a famigerada proibição do shortinho é a ponta do iceberg do machismo que a escola reproduz.
A humilhação de ser comparadas com “putas”, de ouvir que “os meninos não vão conseguir prestar atenção na aula” ou que “escola não é lugar para isso” nos faz questionar: para isso o quê, cara pálida? O que se esconde atrás da probição dos shortinhos na escola, é na verdade a hiperssexualização dos corpos femininos, a naturalização da cultura do estupro, na qual a culpa é sempre colocada no colo da mulher.
Nós do Juntas! e do Juntos! nas Escolas fazemos um chamado para todas as meninas do Brasil a se levantarem contra as regras que nos humilham e nos privam a liberdade. Lutar por uma escola para as mulheres, é fortalecer a luta por uma educação de qualidade, onde todas e todos tenham espaço e voz. Assim como também reiteramos a solidariedade às meninas da escola Anchieta que têm sido fortemente atacadas nas redes por machistas de plantão
Não tentem segurar a nova geração de feministas, nossa primavera não tem volta.
Vai ter shortinho na escola, só não vai ter mulher calada frente ao machismo naturalizado!