A década de 30 certamente foi, em contexto global, uma das mais agitadas do século XX. Seu começo, imerso em uma crise do capital, a grande depressão de 29, deu abertura para o crescimento de um novo tipo de nacionalismo, ancorado nas visões imperialistas e extremistas da direita. Surgia e se afirmava com força o […]
A década de 30 certamente foi, em contexto global, uma das mais agitadas do século XX. Seu começo, imerso em uma crise do capital, a grande depressão de 29, deu abertura para o crescimento de um novo tipo de nacionalismo, ancorado nas visões imperialistas e extremistas da direita. Surgia e se afirmava com força o fascismo na Europa.
As crises no centro do capitalismo não demorariam a chegar na América Latina. Logo, encabeçada por Plinio Salgado e integrantes das forças armadas, o início da década de 30 deu força aos ideais integralistas. O extremo nacionalismo dos integralistas, com a complacência de Vargas, ganhava fileiras das classes médias e altas com discursos, manifestações, exibições e até uniformes que claramente remetiam à Mussolini e Hitler. Mas a esquerda não se relegou a apenas observar esses acontecimentos de longe. Diversos conflitos diretos entre integralistas e antifascistas nas ruas das cidades demonstraram que a o antifascismo estava determinado a impedir o crescimento do ódio nas ruas.
Como grande exemplo da luta contra o acirramento da extrema direita, em 7 de outubro de 1934, a ação dos antifascistas demonstrava sua força contra o integralismo ao impedir o acontecimento de um comício na Praça da Sé, em SP. A ação conjunta expulsou o grupo dos “camisas verdes” da praça, no dia histórico de nossa luta que ficou conhecido como a revoada das galinhas verdes. “Um integralista não corre, voa”, noticia um jornal da época. A força que mostrou o antifascismo nesse dia ecoa como memória da nossa luta contra a escalada da vergonhosa e covarde extrema direita, que nunca deixou de existir no País. Sua força na ação combinada mostrou não só que o fascismo se constitui na covardia, mas que a esquerda possui a capacidade de dizer não aos ímpetos genocidas desses. Hoje, nossa missão parece ser a mesma, impedir que esses que defendem o fechamento do Congresso e STF, e querem a ditadura de volta, tomem o brasil de assalto e continuem seu projeto neofascista.