Atualmente o mundo encontra-se numa crise sanitária, política, econômica e social, intensificando problemas estruturais em nossa sociedade. A pandemia traz consigo uma carta aberta à população sobre as consequências de um política genocida contra o povo preto e pobre na periferia do sistema capitalista.

Vidas, principalmente negras e periféricas, vem sendo perdidas no Brasil e no mundo em decorrência do aumento dos casos de pessoas contaminadas pelo o COVID-19, mas também pela política genocida contra a negritude que se acentua em período de isolamento social, essa mesma medida que vem sendo ameaçado no país pela política irresponsável de Bolsonaro.

Durante esse período da conjuntura política mundial, concomitante com o autoritarismo que vem se intensificando antes mesmo de Bolsonraro, Trump ou coronavirus, a juventude negra em especial, vem sendo alvo de uma ofensiva violenta, EXECUTADA principalmente pela polícia, numa política de segurança pública que já tem um culpado antes mesmo de um crime ser cometido.

E evidenciando esse projeto nefasto, nesta segunda-feira, nos deparamos com o caso de George Floyd que foi morto por policiais em Minneapolis (EUA) por asfixia, numa investigação. A polícia local identificou que houve práticas não condizentes com as técnicas de mobilização adotadas pela corporação, mas isso está longe de resolver as outras práticas racistas e violentas, caídas sobre população negra no país, como no caso de Eric Garner em 2019. 

A notícia tem repercutido intencionalmente, nos mostrando que os governos autoritários negam a estrutura racista que moldam a sociedade e se aproveitam dela para implementar um projeto político que atendam aos interesses do capital, através da aniquilação da população negra, utilizando do racismo como um instrumento de poder. E neste momento de crise, casos como esse tornam-se mais graves porque mostra que mesmo em período de isolamento social, as mãos do Estado continuam assassinado vidas negras. Algo recorrente no Brasil, como no caso do João Pedro de apenas 14 anos de idade, baleado durante uma operação policial no Complexo do Salgueiro, em São Gonçalo (RJ), morto dentro de casa enquanto brincava com os primos.

É urgente uma reestruturação das práticas policiais em operações e uma política de segurança pública moldada pelos Direitos Humanos. Precisamos atuar em defesa da vida do povo preto, para que não morramos de fome e nem de bala “perdida”! Para além disso, tal caso demonstra que o racismo se estrutura como um sistema mundializado que deve ser combatido da mesma forma. Devemos organizar os nossos por uma nova sociedade no qual as nossas vidas não sejam vistas com menos valor. Só o anti-racismo e a organização da negritude é capaz de romper isso!

#VidasNegrasImportam

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