Juntos com Sâmia e Alexya!
Derrotarmos estes que hoje nos atacam e defendem um sistema que já se mostrou incapaz de dar certo, é fundamental para fazer possível construir uma outra cidade, e Sâmia e Alexya são as mais capazes de dar voz à essa alternativa!
Estamos a poucos dias das prévias que vão decidir a pré-candidatura à prefeitura de São Paulo pelo PSOL. O Juntos, aliado do PSOL em diversas lutas, constrói e apóia a pré-candidatura de Sâmia Bomfim e Alexya Salvador como representantes do partido na disputa eleitoral deste ano, que, cabe lembrar, acontece em meio a uma profunda crise econômica, social e sanitária com a pandemia do coronavírus.
Sâmia Bomfim é uma das fundadoras do Juntos. Começou sua militância no Movimento Estudantil da USP, e logo em seguida, se tornando funcionária da universidade, construiu também o movimento sindical. Sâmia participou ativamente da primavera feminista, que forjou toda uma geração de jovens mulheres lutadoras! Em 2016, foi eleita a mais jovem vereadora de São Paulo e hoje nos orgulha com um mandato combativo na Câmara dos Deputados. Junta-se à Sâmia, a Reverenda Alexya, transfeminista, negra, professora, teóloga, vinda da periferia e referência para todos nós. Para o Juntos, é uma chapa plural de jovens mulheres socialistas, que expressa a luta feminista, das negras e negros, LGBTs e trabalhadores que melhor pode expressar um programa político alternativo ao desastre social que vivemos hoje, enfrentando o bolsonarismo e postulando- se de maneira independente.
Sabemos que é nas cidades onde começamos a sentir primeiro os efeitos da crise que o capitalismo nos impõe. E na maior metrópole do país não seria diferente. A juventude paulistana vem sofrendo com um cenário de incertezas e de falta de perspectivas de futuro. A crise econômica e social, que tem como protagonista Jair Bolsonaro, um presidente neofascista, negacionista e genocida, também se potencializa com os planos de austeridade do governo estadual e de Bruno Covas na capital.
Hoje, o desemprego se alastra entre a juventude, e mesmo aqueles que conseguem acessar o ensino superior, e que não são obrigados a evadir, não têm grandes possibilidades de ingressar no mercado de trabalho. Quando empregados, trabalham em condições precárias, com o desmantelamento da CLT, ou fazendo parte de um exército de trabalhadores informais dos gigantes tubarões do setor de entregas. Com a reforma da previdência, também nos foi tirado o direito à aposentadoria digna. Se não temos perspectivas de emprego e aposentadoria, tampouco temos em São Paulo políticas públicas de cultura, de lazer, de mobilidade e de ocupação ativa da cidade. O governo segue sucateando escolas, centros de cultura, de esporte e de ensino nas periferias.
Na São Paulo de hoje, são várias as barreiras que impedem a juventude de ocupar e viver a cidade: segregação, tarifas de transporte público cada vez mais altas, um programa de passe livre insuficiente e limitado, poucos equipamentos de esporte e cultura, sendo os existentes sucateados, nenhuma política que garanta a ocupação dos jovens de suas ruas, nos bailes, slams, nas festas, nas atividades em seus bairros, entre muitas outras dificuldades.
Há ainda em andamento uma política estatal de conflitos e operações policiais nas favelas e periferias da cidade que gera um verdadeiro genocídio de jovens negros e pobres, assim como ocorreu em Paraisópolis no final de 2019 e como continua acontecendo todos os dias. Vivemos em uma cidade à venda, cada vez mais privatizada e violenta para os jovens mais pobres e vulneráveis.
Apesar de todo esse cenário de forte desesperança, é da juventude que surgem as mais intensas e radicais respostas à crise. Fomos nós os protagonistas das mais diversas lutas recentes em nosso país. Em Junho de 2013, com a mobilização contra o aumento da tarifa de Alckmin e Haddad, a juventude abriu um ciclo de lutas pelo direito à cidade, contra os cortes em programas sociais e o investimento milionário em megaeventos. Foram as jovens mulheres também que emparedaram Eduardo Cunha e construíram a primavera feminista, movimento vivo até hoje. Nas ocupações de escola, de 2015 e 2016, os estudantes secundaristas mostraram que é possível vencer e derrotar os governos que só querem nos atacar. Foi também a juventude que enfrentou o governo Temer e os primeiros a impor uma derrota à Bolsonaro, impedindo os cortes na educação com os atos que levaram milhões de estudantes às ruas no 15M.
Hoje, a juventude continua em luta. Nas cidades ao redor do mundo, têm-se levantado uma rebelião negra contra o racismo e a violência policial. No Brasil, somos a maioria dos entregadores que fizeram uma histórica greve dos aplicativos no último dia 1º, que sem alternativa de emprego, se arriscam durante a pandemia, enquanto as empresas multiplicam seus lucros. A juventude é também parte fundamental da mobilização antifascista contra o governo Bolsonaro.
Nós jovens continuamos nos revoltando porque a crise e as contradições que o capitalismo alimenta, como a desigualdade, o desemprego, a segregação e a deterioração da qualidade de vida da maioria em detrimento do lucro de poucos, é concretizada em governos que atacam nossos direitos e nos impedem de viver a cidade. Em São Paulo, nenhum dos últimos governos foi capaz de dar uma resposta à essas contradições que só se agudizam, a maioria deles trabalhando para intensificá-las. Também não temos ilusões com os partidos da velha esquerda, que fizeram dos direitos da juventude moeda de troca nas negociatas do regime político. Nós não vamos permitir o ascenso do bolsonarismo nas cidades. Iremos combater o fascismo nas eleições e construir um amplo movimento democrático que construa saídas para a situação de calamidade na qual nós nos encontramos.
Sâmia e Alexya são as que têm o maior potencial de liderar esse movimento em São Paulo. Expressam em si os desejos de mudança e de revolta antissistema da juventude e serão fundamentais no enfrentamento com o bolsonarismo, mas também com a direita tradicional, afirmando o PSOL como uma alternativa de esquerda real para os jovens e para toda a população.
Vamos juntos construir uma campanha que engaje e encante a juventude, e que esta possa ser parte ativa da construção de um programa que paute uma outra cidade: menos desigual e segregada, com educação e emprego para todos, com cultura e esporte todos os dias e em toda a cidade, que combata o genocídio de jovens negros nas periferias e a violência policial, com políticas amplas de mobilidade e passe livre e com a garantia dos jovens de ocuparem as ruas nas suas diversas formas de autoorganização, sejam bailes, slams, saraus, festas. Tudo isso numa cidade que combata o racismo, o machismo e a LGBTfobia.
O Juntos, desde sua fundação, luta para ressignificar a política. Também sabemos que o autoritarismo e a sanha fascista dos que governam o Brasil hoje, junto da política de destruição de direito sociais de Dória e Covas, podem deixar muitos jovens desesperançosos. Mas derrotarmos estes que hoje nos atacam e defendem um sistema que já se mostrou incapaz de dar certo, é fundamental para fazer possível construir uma outra cidade, e Sâmia e Alexya são as mais capazes de dar voz à essa alternativa!