Lourdes e Edvânia, presentes!
Por todas as vidas perdidas na pandemia!
No dia de ontem, a população brasileira recebeu a lamentável notícia de um novo recorde no número de mortes diárias em decorrência da Covid-19: 2349 vidas perdidas. A chegada do mês de março prenunciou que estamos nos deparando com a fase mais nefasta da pandemia no país. Temos como maior responsável pela gravidade da crise sanitária a gestão negacionista e genocida de Bolsonaro, que insiste em dificultar políticas de contingência da circulação do vírus, à medida em que menospreza as causas e efeitos do coronavírus pelo mundo, e ainda combate à vacina – única forma de conter a mortalidade da doença.
Dória busca se mostrar diferente do presidente, mas vacila nas medidas de restrição, às vésperas de um colapso no sistema de saúde de SP. Com a falta de medidas como o Lockdown, será impossível impedir a lotação completa dos hospitais. Sem auxílio de renda para quem precisa, a maioria da população não têm a opção de parar de trabalhar para respeitar o isolamento, e assegurar suas vidas.
Infelizmente, as consequências da negligência se explicitaram nesta semana com a morte de duas trabalhadoras terceirizadas que estavam no Restaurante Universitário da Unicamp trabalhando ao longo da pandemia. Além delas, mais três funcionários testaram positivo para covid-19. Lurdes – ex-funcionária da Funcamp e que adquiriu problemas respiratórios trabalhando na Unicamp – e Edivânia Oliveira – copeira do RU – faleceram, respectivamente, nos dias 7 e 9 de março. Nos solidarizamos pelas famílias e funcionários afetados, e exigimos que a UNICAMP se responsabilize por quem tem garantido as funções essenciais, em sua maioria terceirizados, colocando as vidas como prioridade neste momento. É preciso maior investimento em testagens frequentes, EPIs e condições de higiene adequadas, assim como o afastamento remunerado a todos do grupo de risco. Lurdes e Edivânia presentes! Por todas as vidas perdidas nessa pandemia!