Dia Mundial da Saúde e as lutas pelo direito à vida
Neste dia 07 de abril, no Dia Mundial da Saúde, nós dos Estudantes Pela Saúde e do Coletivo Juntos se espalhamos por todo o Brasil para dar o recado de que o movimento estudantil e a juventude estão junto com os trabalhadores da saúde por condições de trabalho, pela vacina gratuita e distribuída pelo SUS, auxílio emergencial justo, pela vida acima os lucros e pelo Fora Bolsonaro. Essa data abre uma agenda de lutas da saúde, organizada por trabalhadores e estudantes, que juntos se fortalecem na luta pelo direito à vida.
O dia 07 de abril é considerado o Dia Mundial da Saúde. Em 2021 vivenciamos a data no segundo ano de pandemia e nós, Estudantes pela Saúde e membros do Coletivo Juntos, viemos por meio desta nota, demonstrar nosso apoio e solidariedade a todas, todos e todes os trabalhadores da saúde e também mobilizar a nossa luta e resistência em defesa da saúde e pela vida.
Com desgaste físico, emocional e mental, devido a insegurança de estar na linha de frente, e sem as condições adequadas de trabalho, as trabalhadoras e os trabalhadores da saúde se encontram exaustos e com medo. A superexploração e a sobrecarga desses profissionais, exigem um olhar e ação concretas de valorização por suas atuações em defesa da vida. Essas exigências permeiam pela oferta de concursos públicos para repor e ampliar a força de trabalho do SUS, a garantia de direitos trabalhistas e também pela oferta de medicamentos, equipamentos e insumos para o combate diário que esse setor enfrenta.
Para além da demonstração de solidariedade, reconhecemos a importância de lutarmos por mudanças efetivas para atenuar as diversas formas que a pandemia e o desgoverno do país devastam a nossa sociedade. Estamos no epicentro da doença no mundo, e temos que lidar com uma média móvel de 3 mil mortes. Ontem, no dia que antecede esse dia de luta, atingimos um pico de mais de 4 mil mortes. Essas mortes retratam o reflexo de uma política genocida ao povo brasileiro, onde não há a compra de doses de vacina suficientes para todos, devida a uma desorganização consciente do nosso governo.
Além disso, estamos passando por um momento de aumento nos alimentos mais básicos, onde o auxílio emergencial, que já não era ideal, foi revisto e reduzido. Isso nos colocou novamente no mapa da fome, mostrando que muitos dos nossos estão passando por uma insegurança alimentar, e sem qualquer política que garanta um conforto mínimo em meio aos caos.
Pensando na busca pela garantia de soluções eficazes e para combater a pandemia e todas as inseguranças que são aguçadas com ela, é que levantamos a nossa luta. Precisamos de testagem em massa da população, de renda justa com auxílio emergencial coerente com a realidade brasileira até o fim da pandemia. Precisamos de fortalecimento do nosso SUS, de compra de insumos e vacinas necessários e criação e manutenção de políticas públicas que melhorem estas situações. Precisamos proteger as trabalhadoras e trabalhadores da saúde, e juntamente com eles todos os trabalhadores de serviços essenciais e a nossa sociedade.
E tendo como a nossa luta central e coletiva, a urgência da aquisição e distribuição de vacina para todas e todos através do nosso Sistema Único de Saúde, o SUS, como sendo nossa maior medida sanitária. A compra de vacina pelo setor privado, reforça a saúde como um produto. Não podemos compactuar com mais essa lógica, pois acreditamos que a imunização é coletiva e a saída para isso não se dá pensando em lucros, mas sim pensando no melhor plano de vacinação, para que possamos garantir vacina para todos e para que não percamos nem mais uma vida. O dinheiro não pode definir quem se vacina primeiro. A vacina é um direito de todos!!
A urgência do momento e da construção das pautas das nossas lutas, permeiam pela questão da necessidade de se pautar, também, o quanto a política de Bolsonaro é a grande responsável pelas perdas e desgastes dessa pandemia. Quantos mais precisarão morrer para que o Bolsonaro seja impedido? É necessário que levantamos cada vez mais a nossa indignação com essa política que mata milhares diariamente. O Fora Bolsonaro se tornou uma pauta de responsabilidade pelas nossas vidas!
Por isso, neste dia 07 de abril, no Dia Mundial da Saúde, nós, Estudantes pela Saúde e o Coletivo Juntos, se espalhamos por todo o Brasil para dar o recado de que o movimento estudantil e a juventude estão junto com os trabalhadores da saúde por condições de trabalho, pela vacina gratuita e distribuída pelo SUS, auxílio emergencial justo e pela vida acima os lucros. Essa data abre uma agenda de lutas da saúde, organizada por trabalhadores e estudantes, que juntos se fortalecem na luta pelo direito à vida.
VACINA PARA TODOS,
AUXÍLIO JUSTO,
VIDA ACIMA DO LUCRO,
E FORA BOLSONARO GENOCIDA.
Assinam:
1. Estudantes Pela Saúde
2. Coletivo Juntos
3. Centro Acadêmico de Farmácia-Bioquímica
4. Centro Acadêmico da Enfermagem da Universidade Federal de São Carlos – CAEnf UFSCar
5. Centro Acadêmico de Terapia Ocupacional – CATO UFSCar
6. Centro Acadêmico Arnaldo Vieira de Carvalho – CAAVC USP
7. Centro Acadêmico de Psicologia UFSCar – CAPsico UFSCar
8.CAFAr – Centro Acadêmico de Farmácia da UFRJ
9. CADALB- Odontologia UFRJ
10. Coletivo Juntas
11. Centro Acadêmico Oswaldo Cruz (CAOC) – Medicina USP
12. Centro Estudantil Josué de Castro (CEJOCA) – Nutrição e Metabolismo FMRP-USP