O governo Bolsonaro mais uma vez tenta criminalizar o movimento indígena. Desta vez, foram intimados pela Polícia Federal e a pedido da Funai, as lideranças Sônia Guajajara (uma das coordenadoras da Apib) e Almir Naramayoga, do povo Suruí de Rondônia. A Funai que deveria ser aliada e proteger os povos indígenas, hoje está totalmente aparelhada ao governo e seguindo a cartilha de Bolsonaro de perseguição e violação de direitos dos povos da Amazônia, beneficiando seus interesses e ilustrando o descaso do governo com os povos indígenas que sofrem gravemente as consequências da pandemia que registraram números de casos acima da média nacional. Sendo elas acentuadas pela pouca importância do governo com a saúde básica e o direito à terra.

Neste cenário, vê-se a necessidade urgente de organizar frentes amplas contra a necropolítica bolsonarista que coloquem a crise socioambiental e defendam a vida dos e das guardiãs da floresta como pilar de suas articulações. Visto que as políticas de Bolsonaro nessa área não apenas revelam os padrões autoritários e o cunho racista e negacionista de seu governo, mas mostram que ele está, de fato, governando e cumprindo o programa destrutivo e letal com o qual foi eleito.

Bolsonaro nunca escondeu sua postura anti-indígena, seus discursos sempre cheios de ódio e racismo, estimulam ainda mais a violência e por isso, hoje o Brasil ocupa o 3º lugar no ranking de países que mais matam lideranças indígenas e ativistas do meio ambiente. As intimações feitas pela PF representam mais uma tentativa arbitrária de Bolsonaro de calar e cercear a liberdade de expressão das principais vozes que hoje denunciam todo o genocídio, etnocício e ecocídio que este governo está promovendo.

Não podemos aceitar que hoje quem defende a vida vire alvo de intimidações. Por tudo isso, nos solidarizamos a Sônia, Almir e a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil.

#NãoIrãoNosCalar #ForaBolsonaro

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