Carta dos Estudantes
Foto: Juntos! SP

Carta dos Estudantes

Fomos parte daqueles que derrubaram a ditadura e mais uma vez na história, colocaremos os fascistas no seu devido lugar.

Juntos! 11 jul 2021, 19:44

A carta dos militares ao povo brasileiro é uma explícita tentativa de intimidação. Eles dizem não aceitar serem chamados de corruptos. Nós fizemos não aceitar mais de meio milhão de mortes enquanto o governo enchia os seus bolsos, dos seus parceiros empresários e deputados corruptos.

Mas nunca estivemos tão perto de derrubar Bolsonaro. Atolado em escândalos de corrupção, as ruas entraram em cena e estão começando a dar a tônica do futuro desse governo. Já fizemos três grandes dias nacionais de mobilização em centenas de cidades do Brasil.

Ainda que as frentes unitárias de centrais sindicais, movimentos e partidos sejam importantes para essa construção, é a juventude e o movimento estudantil quem estão cumprindo um papel central, porque temos sido a maioria daqueles e daquelas que têm ido às ruas.

Também temos a tarefa urgente de salvar nossas universidades. Com a efetivação de mais cortes (que estamos vivendo desde 2015!!), a educação tem o pior orçamento para a assistência estudantil da década, cortando bolsas, auxílios e deixando inclusive estudantes sem alimento nos alojamentos estudantis. O orçamento de 2021 para a educação é o pior desde 2007.

Ainda que esse ataque não tenha iniciado no governo Bolsonaro, ele se aprofunda porque sabemos muito bem quais os interesses por detrás da destruição das universidades públicas: excluir os setores populares, filhos da classe trabalhadora, negros e negras. Temos uma tarefa central desde já que é defender a renovação da Lei de Cotas que será debatida no ano que vem. Precisamos defender esse direito tão fundamental que transformou as universidades e as nossas histórias de vida.

Para levar adiante as demandas da juventude e da classe trabalhadora, precisamos fortalecer um programa anticapitalista, que aponte para a necessidade de mudanças estruturais, que ataque os lucros dos bilionários, dos bancos, do agronegócio, das cúpulas militares e da corja corrupta instaurada no poder.

No próximo período, não há outra saída que não seja seguir ocupando as ruas até derrubar Bolsonaro! Além do 24 de julho que já está em construção como dia nacional de luta pelo impeachment, o 11 de agosto será o nosso dia. O dia que os estudantes mostrarão a Bolsonaro e aos militares que não nos intimidaremos. Fomos parte daqueles que derrubaram a ditadura e mais uma vez na história, colocaremos os fascistas no seu devido lugar.

Viva o movimento estudantil! Juventude é revolução!
Nem um dia a mais de Bolsonaro no poder. Impeachment já!

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