Estudantes em luta pelo Fora Bolsonaro – construir uma mobilização permanente!
A UNE e as entidades estudantis devem estar comprometidas, antes e depois do dia 2 de Outubro, com um calendário de mobilização, que construa nos estados e cidades atividades conjuntas, panfletagens, ações do próprio movimento estudantil, que façam parte de um processo de mobilização real pelo Impeachment
Os atos do dia 7 de setembro aceleraram as disputas no país. Bolsonaro deu seu “ultimato” colocando sua base golpista nas ruas principalmente em São Paulo, Brasília e Rio de Janeiro. A sinalização momentânea de recuo não significa que eles de fato recuaram e precisamos ampliar cada vez mais o isolamento de Bolsonaro, e transformar a rejeição majoritária ao governo na população em força social mobilizada. O Grito dos Excluídos foi uma resposta importante, demarcando que a rua é do povo e não dos fascistas, ainda que tenha sido insuficiente, sofrendo inclusive boicote de setores da própria esquerda.
Por isso acreditamos que, nesse momento, o movimento estudantil tem importantes desafios. Será necessário a construção de atos mais unitários o possível, para além daqueles setores organizados que já estavam construindo as mobilizações desde o primeiro semestre. Porém, ações de unidade pelo impeachment, não podem significar submissão ao programa dos setores que consideramos inimigos de classe, o abandono das nossas bandeiras de luta mais essenciais e o abandono da defesa de um projeto anticapitalista sem ataques econômicos, sociais e políticos ao nosso povo.
Unidade de todos que queiram derrubar Bolsonaro, mas coragem para que nossa luta fortaleça um projeto de defesa da educação pública, dos direitos da classe trabalhadora e da vida da população negra e indígena, das mulheres e LGBTQIA+ e de toda a natureza e que lute por um programa econômico alternativo, capaz de garantir reajuste salarial, geração e manutenção de empregos e redução do preço dos alimentos e para barrar a privatização dos Correios e a Reforma Administrativa.
Devemos ampliar as mobilizações na base da juventude e dos estudantes, radicalizar as lutas ao lado daqueles que são mais afetados pela política do governo. É com a força dos jovens e trabalhadores nas ruas que podemos derrubar o governo.
Por isso, é necessário uma perspectiva de mobilização permanente, que vise derrubar Bolsonaro o mais rápido possível, e que tenha nas ruas nosso principal espaço de disputa. A UNE e as entidades estudantis devem estar comprometidas, antes e depois do dia 2 de Outubro, com um calendário de mobilização, que construa nos estados e cidades atividades conjuntas, panfletagens, ações do próprio movimento estudantil, que façam parte de um processo de mobilização real pelo Impeachment.
Não podemos esperar para derrubar Bolsonaro! Todos e todas às ruas dia 2 de outubro!