Vem aí o Encontro de fim de ano do Juntos! USP
Juntos! USP

Vem aí o Encontro de fim de ano do Juntos! USP

Para debater as lutas desse ano e as lutas que nos esperam no ano que vem, fazemos um convite a toda a militância do Juntos! USP e a todos, todas e todes os estudantes da nossa universidade para participarem do Encontro de fim de ano do Juntos! USP que acontecerá no próximo domingo, dia 05, às 13h30, na Casa das Mulheres.

Juntos USP 1 dez 2021, 12:13

Ao longo do ano de 2021, não foram poucas as lutas que enfrentamos no Brasil e na universidade. Nas últimas semanas, fomos parte da construção da Marcha da Frente Nacional de Lutas, um movimento social pela reforma agrária e urbana, que levou em caminhada centenas de militantes sem terras com a participação do Juntos da cidade de Itu até a capital paulista, para cobrar por terra, trabalho, moradia e educação. Essa vitoriosa marcha mostrou para todos nós a importância da mobilização nas ruas para enfrentar o governo e lutar por mais direitos. 

Entretanto, mesmo sendo um movimento que buscava trazer ao centro do debate a urgência das reformas agrária e urbana, a reitoria da Universidade de São Paulo, ao ser pressionada para que recebesse os marchantes na Cidade Universitária, preferiu fechar as portas ao movimento social. A USP cumpriu um papel vergonhoso ao proibir a entrada da Marcha nas dependências da universidade, enquanto em novembro do ano passado, acolheu um megaevento de compra de embarcações de luxo na Raia Olímpica da USP. Seguimos buscando trazer para dentro da universidade os debates e as lutas que explodem fora dela. A conexão das lutas dos camponeses com os estudantes é o terror dos poderosos!

Mas a Marcha da FNL foi apenas um dos capítulos da linha do tempo de lutas do Juntos! USP. Desde o início do ano estivemos em mobilização em defesa da permanência estudantil, com a construção da Campanha Permanência Não É Esmola, contra o sucateamento do CRUSP e a reforma antidemocrática, contra a instalação da PM no Campus, por melhores condições para o ensino remoto emergencial, por uma política de saúde mental na USP, contra o racismo institucional e contra a instituição do ensino híbrido de forma permanente. Nas ruas, fomos parte também do ascenço de lutas protagonizado pelo movimento negro que abriu a possibilidade do conjunto da população voltar as ruas em meio a pandemia para derrotar Bolsonaro e que levou milhões de pessoas às ruas contra a política genocida e autoritária do governo. 

Para o ano que vem, mais desafios e lutas nos esperam dentro e fora da USP. Na universidade, enfrentaremos um processo de retorno que precisa garantir a segurança sanitária de todos os estudantes e colocar como centro os programas de permanência estudantil. Queremos voltar a estudar presencialmente, mas com segurança e com garantia de que teremos direito à moradia, ao auxílio financeiro e à alimentação de qualidade. A universidade não pode deixar ninguém para trás!

Temos também a batalha de impedir, com a mobilização dos estudantes, a instituição do ensino híbrido de forma permanente mesmo após o fim da pandemia. Essa é mais uma forma da reitoria e do governo de atacarem o tripé ensino, pesquisa e extensão na USP, pra além de precarizarem ainda mais a universidade e a carreira docente, deixando para trás os estudantes com dificuldade de acesso à internet e equipamentos digitais e fazendo do ensino híbrido uma desculpa para não investir em permanência estudantil.

O movimento estudantil precisará assumir o protagonismo da luta por uma universidade cada vez mais popular, negra e diversa. E para isso é preciso enfrentar o racismo institucional que segue expulsando os estudantes negros das salas de aulas mesmo após a vitória de cotas, fazendo com que sejam eles os mais desassistidos, inclusive quando falamos de saúde mental na universidade. A luta pela defesa das cotas também será central no próximo ano, em que a USP passará pelo redebate do projeto de cotas aprovado em 2017 após anos de luta do movimento negro, estudantil e índigena da universidade. E pra além disso, seguiremos em mobilização pela ampliação dessas políticas de acesso e também pela instituição de cotas trans na USP!

Nas ruas, o movimento estudantil terá a tarefa de seguir em luta para derrotar Bolsonaro. Não podemos permitir que parte do movimento estudantil nos coloque na retaguarda da indignação do povo contra o governo apenas para esperar as eleições de 2022. Os estudantes têm muita capacidade de ocuparem as ruas e derrotarem o governo o quanto antes, repetindo o Tsunami da Educação e o Ele Não. Essa disputa também se dá dentro das universidades, entre aqueles que acreditam que as entidades e o movimento estudantil devem priorizar a relação com as reitorias e os governos e funcionarem como síndicos, do que de fato apostarem na mobilização dos estudantes e na conexão com as lutas, como nós do Juntos acreditamos. 

Por isso, para debater as lutas desse ano e as lutas que nos esperam no ano que vem, fazemos um convite a toda a militância do Juntos! USP e a todos, todas e todes os estudantes da nossa universidade para participarem do Encontro de fim de ano do Juntos! USP que acontecerá no próximo domingo, dia 05, às 13h30, na Casa das Mulheres. É nos conectando que vamos nos fortalecer para enfrentar os desafios que o movimento estudantil terá no próximo período.

Você é de Centro Acadêmico, coletivos ou entidades da USP e quer participar? Entre em contato com a gente! O Encontro é aberto e com mais mãos, nossas lutas chegam mais longe. Se liga na programação: 

ENCONTRO DE FIM DE ANO DO JUNTOS! USP

13h30: Mesa de debate | Se a universidade fosse nossa: o movimento estudantil e suas lutas para 2022

Com Luana Alves, vereadora pelo PSOL em São Paulo e liderança da luta por cotas na USP em 2017; Fabi Amorim, diretora da União Nacional dos Estudantes (UNE) pelo Movimento Juntos; e Davi Barbosa, estudante da USP e diretor de movimentos sociais da União Estadual dos Estudantes (UEE SP).
+ Grupos de discussão 

16h: Painel | Nossas lutas vem de longe: o ontem, o hoje e o amanhã do Juntos na USP

Com militantes atuais e antigos do Juntos! USP

17h: Confraternização


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