Nota da Executiva Nacional de estudantes de Terapia Ocupacional
IMG-20220207-WA0031

Nota da Executiva Nacional de estudantes de Terapia Ocupacional

Resolução do Conselho Federal de Terapia Ocupacional fragiliza atuação do Terapeuta Ocupacional e reacende a discussão sobre associativismo e separação de conselhos. O movimento estudantil responde.

Após um rebuliço de várias informações, a ExNETO vem por meio desta nota se posicionar oficialmente perante os ocorridos, compreendemos que foi necessário olhar a situação como um todo e reforçar o que consideramos importante tirar de ensinamento do ocorrido.

Estamos aqui nos posicionando com base nas discussões feitas na nossa Plenária Estudantil e na live realizada pela aluna de terapia ocupacional na PUC – Campinas, Giovanna Nammoura Martins no perfil @cidadedesocupacional juntamente com a Profª Drª Célia Emília de Freitas Alves do Amaral Moreira  e o Presidente da ABRATO (Associação Brasileira de Terapeutas Ocupacionais) Derivan Brito da Silva.

Não viemos explicar toda a conjuntura pois entendemos que a própria ABRATO e a live trazem informações suficientes, viemos reforçar a importância da luta coletiva, seja através do associativismo ou pelos espaços estudantis.

A profissão de terapeuta ocupacional foi regulamentada em outubro de 1965, juntamente com a de fisioterapeuta e desde então o COFFITO trabalha para proteger a profissão e garantir serviços de qualidade através da fiscalização do exercício profissional.

Independentemente se estamos falando de AVD/AIVD’s, psicomotricidade ou outros recursos terapêuticos, a terapia ocupacional sempre se deu como uma profissão de luta que questiona os padrões de normatização da sociedade e se o cotidiano é de luta, isso só faz sentido no coletivo!

Entendemos que o desmembramento não é a solução e sim a criação de dois novos conselhos regulamentadores, um para terapia ocupacional e outro para a fisioterapia, precisamos entender que temos a capacidade de se sustentar por nós mesmos, até hoje existem associações e coletivos apenas de terapeutas ocupacionais que continuam ativos sem o apoio da fisioterapia, a fundação de conselho federal e suas regionais apenas de terapia ocupacional traria mais autonomia e liberdade para as decisões do futuro da terapia ocupacional, e afinal não são esses os princípios que buscamos ao atender as pessoas? promover autonomia, independência e aptidão para tomar decisões sobre seu curso de vida.

Como organização que representa os estudantes de terapia ocupacional em âmbito nacional, reforçamos a potência do ativismo do movimento estudantil em todas as suas esferas, estamos dispostas a ajudar os centros/diretórios acadêmicos na construção de um movimento estudantil de terapia ocupacional consolidado e fortalecido. Incentivamos a associação de estudantes na ABRATO, entendendo suas complicações financeiras e a necessidade de se pensar em soluções para os próximos anos, como por exemplo campanhas de arrecadação para tornar realidade o maior número possível de estudantes associados.

A formação acadêmica não garante tudo, proporciona o conhecimento necessário para atuação no mercado de trabalho e produção científica porém, um diploma não garante a ascensão profissional imediata e isso significa que precisaremos lutar pela profissão, seja por ataques legislativos, regulamentares, fiscalizadores ou pela divulgação e consolidação como área de conhecimento, como ciência.

O movimento estudantil nos ensina as habilidades e competências necessárias para organização de luta por ideais que façam sentido, nesse caso, a luta pela profissão de terapeuta ocupacional.


Últimas notícias