O grupo Ânima e a precarização do ensino nas universidades privadas
Estudantes em protesto contra o ensino híbrido

O grupo Ânima e a precarização do ensino nas universidades privadas

A aquisição do grupo Ânima de várias universidades privadas está fazendo com que a precarização do ensino prejudique vários estudantes. Convocamos todos os alunos que estão indignados a ir às manifestações no dia 7 de março!

Camila Mai 7 mar 2022, 13:00

Os estudantes de várias faculdades privadas no Brasil, como a universidade São Judas, UniBH, Anhembi Morumbi e entre outros, têm sido alvos de um completo caos, como a mudança na grade curricular, imposição de aulas híbridas (mesmo para os cursos 100% presenciais), aumento significativo nas mensalidades e tudo isso sem a prévia comunicação aos alunos, além dos boletos estarem chegando com valor errado, e os veteranos estarem sem conseguir fazer rematrícula, e estarem com o semestre errado na plataforma Ulife. Quando os estudantes tentam comunicação da faculdade para exigir respostas, ela os ignora e dá respostas diferentes para cada aluno.

Isso tem acontecido após o grupo educacional Ânima ter comprado essas universidades durante o período de casos crescentes de contaminação da pandemia do COVID-19, que havia informado que todos os cursos teriam aulas online para combater os riscos de contaminação. No entanto, as instituições continuaram com o mesmo preço nas mensalidade, mesmo não usando as dependências das faculdades. 

O Ânima, que promete um “Ensino do futuro”, tem causado a precarização do ensino, diminuindo a quantidade de matérias (chamando-as de “unidades curriculares”), despedindo professores e colocando mais matérias no formato online. E quando tentamos denunciar nas redes sociais e nas lives de abertura, apagam os nossos comentários na tentativa de nos silenciar. 

Em uma das entrevistas ao Daniel Castanho, dono do Ânima, diz que “Se a aula é presencial ou não, isso não importa mais. O que importa na didática é se o ensino vai ser síncrono ou assíncrono” e sabemos que isso é mentira, quando nós vivenciamos a diferença de qualidade entre uma aula presencial e as aulas à distância.

Vale lembrar, também, que em 2020 no auge da pandemia, esse grupo demitiu centenas de professores e quem se opunha a tal decisão era despedido. Com a hipocrisia do Daniel Castanho, que criou o movimento “Não Demita”. É necessário que as aulas presenciais voltem de forma segura e responsável, e graças às vacinas, esse retorno está sendo possível e nada substituirá a qualidade do ensino presencial. Nós, alunos dessas instituições, estamos revoltadas com essa situação e queremos dignidade, maior transparência e que diminuam as nossas mensalidades altíssimas caso não volte as aulas presenciais. Está sendo organizado pelos estudantes do Brasil todo várias manifestações no dia 7 de Março contra o Ânima e convocamos todos os estudantes que estão insatisfeitos com essa situação a participar nas suas universidades.


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