Nos últimos anos, a juventude e o movimento estudantil têm sido linha de frente na contraofensiva aos ataques de Bolsonaro e da extrema-direita no Brasil e no mundo. Antes mesmo das eleições de 2018, foram os estudantes que penduraram faixas e bandeiras antifascistas nas universidades para denunciar a face antidemocrática do então presidenciável. Em 2019, fomos às ruas defender a educação como uma pauta de maioria social, arrastando milhões de pessoas, freando as investidas do primeiro ano do governo, revogando os cortes e conquistando a derrota do ministro da educação Abraham Weintraub. Desde então, não deixamos de ocupar as ruas, ainda que com a pandemia de COVID-19, reforçando a importância da defesa do SUS, da ciência, da vacina e das universidades.

Além das conexões com as mobilizações nacionais, o Juntos! em Minas Gerais esteve presente nas lutas em denúncia ao crime ambiental da Vale em Mariana e Brumadinho, na defesa intransigente do ecossocialismo e por uma justiça definitiva às vítimas do mar de lama. Além disso, estivemos à frente da defesa do orçamento destinado à educação no estado, contra os cortes do governo Zema e construindo o UEMG Resiste. A força das ruas está em nosso DNA.

As eleições de 2022, por sua vez, marcam um momento decisivo na história recente do Brasil. Após 4 anos de uma experiência desastrosa da extrema-direita no poder institucional, é momento da população brasileira retornar às urnas para derrotar a política negacionista e corrupta da presidência. Para isso, temos como tarefa eleger Lula em primeiro turno – sem ilusões com o seu (insuficiente) programa político – entendendo o importante papel de não abrir brechas para uma reviravolta da extrema direita em segundo turno.

Somos aqueles que defendem a derrota eleitoral do bolsonarismo como consequência das mobilizações das ruas, a exemplo das experiências internacionais como no Chile, EUA e Colômbia. Por isso, defendemos a construção do dia 07 de setembro – tradicionalmente o Grito dos Excluídos. Ao mesmo tempo, acreditamos que as candidaturas devem servir como propulsoras do nosso programa radical, disputando as ideias da construção de um novo mundo, numa luta concreta de intervenção na sociedade – que sem dúvidas as eleições já são uma parte dessa disputa.

Em Minas, o segundo maior colégio eleitoral nacional, será o momento de enterrar o projeto privatista e negligente de Romeu Zema à frente do governo do estado – é nesse sentido que cumpre um importante papel as candidaturas majoritárias do PSOL, com Lorene Figueiredo para o governo, e de Sara Azevedo, fundadora do Juntos!, única candidata da esquerda e única mulher concorrendo ao Senado com possibilidades reais de disputa do pleito, estando em segundo lugar nas pesquisas. Na ausência da apresentação de uma chapa petista em Minas Gerais, o PSOL ocupa o vácuo político das disputas políticas da esquerda no estado, apresentando e afirma um programa de esquerda, anticapitalista e independente, consequente com as tarefas do nosso tempo – representada pelas nossas citadas candidaturas majoritárias.

É nesse sentido que o Juntos! lança a candidatura do coletivo a deputado estadual em Minas Gerais pelo PSOL. Uma candidatura construída e elaborada por todos os membros da organização no estado, de forma coletiva e dinâmica, com Caique Belchior, ex-diretor do DCE da UFMG, como porta-voz – para disputar uma cadeira na Assembleia Legislativa para ecoar através da juventude a voz da maioria.

Nossa candidatura é parte do enfrentamento antifascista durante e após as eleições – pois sabemos que nossas lutas não começam e nem terminam nelas. Apresentamos um programa político com o objetivo de organizar a juventude e o movimento estudantil para a construção de uma nova sociedade: pela superação do projeto da extrema direita, da exploração capitalista e pelos direitos de toda população oprimida em nome do lucro. Para isso, sabemos que ocupar a institucionalidade não é suficiente, uma vez que ela serve à casta política que busca manter seus privilégios. Porém, precisamos, hoje, ocupar o lugar que seria dos poderosos para transformá-lo em tribunas do povo. Seguiremos o exemplo das parlamentares do Juntos! Fernanda Melchionna, Sâmia Bomfim e Vivi Reis, na Câmara Federal, ou Mônica Seixas na ALESP em São Paulo, Luana Alves e Mariana Conti nas câmaras de vereadores.

Queremos subverter a lógica do poder com a nossa candidatura coletiva, reivindicando o fim da mineração predatória no estado, por justiça aos crimes ambientais da Vale e pelo pagamento das dívidas das grandes empresas com o estado, como a empresa de aluguel de carros Localiza. Na esteira da luta pela educação, queremos fortalecer a destinação de verbas para as escolas e universidades estaduais, que sofrem sem assistência estudantil – mesmo em um cenário de crise profunda e aumento da pobreza, propiciando a evasão estudantil. Faremos isso no chão das escolas, universidades e territórios. Lutamos pelo fim da guerra às drogas, pelo direito de ser e amar.

Querem empurrar a juventude para a margem social, mas nosso futuro ainda está em disputa e é possível construir uma organização social radicalmente diferente. Isso só será possível coletivamente – ecoando também a voz da maioria nos espaços de poder.

A coragem é um sentimento coletivo: estamos dispostos a confrontar toda política retrógrada e conservadora na assembleia legislativa. Para representar a ousadia e a radicalidade daqueles que estão cansados de terem seus direitos retirados, nós somos a juventude em movimento!

Em Minas Gerais vem com o Juntos! 50005 para deputado estadual e 500 para o Senado com Sara Azevedo

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