No último dia 30 de outubro, milhões de pessoas votaram contra Bolsonaro e seu projeto restrito e autoritário de país. Felizmente, depois de 4 anos desastrosos de governo, Bolsonaro e sua gangue foram derrotados. Essa vitória democrática de proporções antes vistas somente com o fim da ditadura, demonstra que o povo brasileiro deu um basta a política de morte, ao negacionismo e a toda perversidade de Bolsonaro. Contudo, o enfrentamento à extrema direita segue e o método para sua derrota continua a ser a mobilização permanente do povo. Não pode haver tréguas. Lutaremos para que Bolsonaro e seus cúmplices sejam responsabilizados e punidos por todos os crimes cometidos ao longo do mandato e que as mais de 700 mil vítimas da covid sejam vingadas: ANISTIA NUNCA MAIS!

Estadualmente, Tarcísio venceu as eleições com uma concepção de sociedade aliada a de Bolsonaro. Para ele, a educação é para poucos e deve ser privatizada. O provável Secretário da Educação, o empresário Renato Feder, inclusive, defende intensificação do ensino a distância, a criação de mais escolas cívico-militares e a extinção do MEC. Não à toa a extrema-direita teme tanto o ensino público e o pensamento crítico. O movimento de educação foi um dos principais inimigos de Bolsonaro. Sabemos que daqui em diante a luta estudantil será cada vez mais necessária em defesa da autonomia das universidades e da educação pública, acessível a todes e por mais investimento em bolsas e infraestrutura.

Na Unicamp, depois da conquista das cotas étnico-raciais, a universidade vem se popularizando e enegrecendo. Defendemos que esse movimento continue e que se aprofunde cada vez mais. Por isso, lutamos também para que cotas trans na graduação sejam uma realidade, e o IFCH pode dar um bom exemplo sendo o primeiro instituto a aprová-las. Contudo, essas políticas devem vir acompanhadas de maior acesso a bolsas e a ampliação e reforma da moradia estudantil, programas de saúde mental, criação de ouvidorias e órgãos institucionais de combate ao racismo, mais espaços de cultura, vivência e lazer, para que se assegure a entrada e permanência des estudantes na Universidade.

É nesse contexto que se insere a eleição para a representação discente da Congregação, órgão máximo de deliberação do IFCH. Nesse espaço é discutido tudo que diz respeito à realidade des estudantes e da comunidade do instituto. Atualmente, ele é composto majoritariamente por professores com representações numericamente menores de estudantes e funcionários. Sarah e Lucas querem levar para ele a reivindicação histórica de maior participação estudantil: se somos a maioria na Universidade, precisamos ter uma representação proporcional nos espaços institucionais.

Para além disso, ainda temos muito que avançar no IFCH. Não há cursos noturnos de História ou Filosofia, por exemplo, o que impede que trabalhadories os acessem. Além de que a grade curricular vem passando por uma série de questionamentos quanto ao conteúdo, que precisa se abrir para dar conta dos novos interesses acadêmicos de pesquisa. Muites estudantes também sentem dificuldades com as atividades de redação e leitura, por isso, é importante haver oficinas introdutórias para que o desenvolvimento dessas habilidades seja mais pedagógico. Reivindicamos também mais contratações de professores e mais espaços de vivência e cultura no instituto.

Esses são apenas alguns dos exemplos que o Juntos compreende que es RD’s devem levar para a Congregação do IFCH. Abaixo, listamos outras reivindicações que assumimos como prioritárias. É importante votar em candidates que se comprometam com as demandas des estudantes e do movimento estudantil, por mais democracia e com as lutas do futuro em defesa da educação pública crítica e por mais investimento público na Universidade. Conheça es candidates do Juntos! e não deixe de participar e votar no processo!

Você já conhece Sarah e Lucas? Ainda não? Então se liga!

Conheça Sarah

Sarah começou a se engajar no Movimento Estudantil a partir da luta pelas cotas trans, hoje faz parte do movimento Juntos! e do DCE da UNICAMP. Ela participou das lutas antirracistas ao longo de 2022, da luta contra a precarização do trabalho nos bandejões da UNICAMP e da luta antifascista para barrar a reeleição de Bolsonaro. Agora, segue na luta antifascista e por direitos de pessoas trans, como cotas trans e políticas de permanência.

Conheça Lucas

Lucas é estudante cotista da turma 021 das Ciências Sociais, faz parte da gestão do DCE e constrói o coletivo Juntos e o PSOL. Desde 2018, com a eleição de Bolsonaro, passou a se interessar mais pela política e decidiu se organizar. Esse interesse cresceu à medida em que a extrema-direita avançava com sua política genocida e neofascista. Desde que entrou na Unicamp, teve contato com as lutas do movimento estudantil e por meio delas conheceu o movimento Juntos!

Tanto Sarah quanto Lucas são candidatos a RD pelo juntos e querem levar para esse espaço a luta contra a extrema direita, as discussões sobre esse novo momento que vive a Unicamp e os desafios dos estudantes no Estado de São Paulo!

Conheça algumas de nossas bandeiras:

• Criação de memorial destinado às vítimas da covid-19 na biblioteca do IFCH;
• Luta em defesa da educação pública e pela ampliação do número de bolsas de pesquisa;
• Criação de ouvidoria para denúncia e acolhimento em casos de racismo;
• Cotas trans na graduação, já!;
• Criação de Oficina de leitura e escrita em humanidades;
• Cursos noturnos de história e filosofia;
• Criação de espaços culturais e de vivência;
• Ampliação da cota de impressão para 400 por semestre;

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