O Movimento Estudantil NÃO é palanque para político de direita!
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O Movimento Estudantil NÃO é palanque para político de direita!

Até que ponto é necessário darmos palco para que a direita continue a nos usar como forma de se autopromover?

Lucas Pires 24 maio 2023, 11:55

Na última segunda-feira (22), ocorreu a manifestação de estudantes pela revogação da nova tarifa de ônibus na capital amazonense, que teve um aumento de R$0,70, o que fez a tarifa chegar à R$4,50 e R$2,25 a meia passagem para os estudantes de escolas particulares e universidades, que não são contemplados com passe livre durante a semana, algo que também afeta diretamente a classe trabalhadora como um todo. Este aumento não reflete na qualidade dos ônibus da cidade de Manaus, que se encontram em situações precárias e de insuficiência na questão da quantidade de frotas, com o trabalhador e estudante tendo que lidar com o péssimo transporte público manauara.

É a partir deste motivo que se iniciou o ato do dia 22, com uma tentativa de revogar esse preço abusivo que mais impede o estudante e trabalhador de circular pela cidade, no entanto, acabou sendo um ato que teve sua grande contradição por parte da esquerda que o organizou, houve a exaltação, por parte de uma juventude, do Deputado federal do Amazonas, Amom Mandel, por fazer o mínimo, pedir que a polícia militar não utilize-se de repressão contra os alunos.

O “Pula Palanque”

É então que surge nessa juventude em específico, um sentimento de agradecimento, como se o movimento estudantil precisasse se unir com todos os setores, mesmo que isso significasse se juntar com a direita aqui no Brasil, uma falha de análise da própria história brasileira, até que ponto é necessário darmos palco para que a direita continue a nos usar como forma de se autopromover? Precisamos sempre lembrar que o crescente neoliberalismo jamais terá como foco fazer bem à classe trabalhadora, mas sim promover o enriquecimento de oligarquias e de bilionários, necessitamos realmente de “alianças” com esse tipo de grupo?

Se queremos nos dizer “Socialistas” precisamos compreender onde nossa classe se encontra em relação a classe dominante do capitalismo do século XXI, para que não cometamos, novamente, o erro que tornou a extrema direita forte como é nos dias de hoje, onde as políticas neoliberais dos últimos anos, permanecem no atual governo.

O Juntos! então, se coloca na luta para que possamos ter um movimento estudantil independente e democrático, para que não fiquemos de mãos atadas àqueles que estão sucessivamente praticando conciliação de classes, o que conquistamos até agora é pouco, queremos mais!


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