Privatização da Educação: Uma Ameaça ao Futuro dos Estudantes Paulistas
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Privatização da Educação: Uma Ameaça ao Futuro dos Estudantes Paulistas

O governo de São Paulo pretende privatizar dezenas de escolas no estado entregando a gestão escolar pra iniciativa privada. Este é mais um dos inúmeros ataques na educação da gestão Feder e Tarcísio, que tem sucateado as escolas públicas constantemente

Ruth Fellipe 22 out 2024, 12:32

Nos últimos anos, o estado de São Paulo passou por um preocupante processo de privatização em diversos setores públicos, e agora, a educação corre o risco de ser mais uma vítima dessa política. Recentemente, o governo do estado, sob a liderança do governador Tarcísio de Freitas, anunciou planos para privatizar a gestão de mais de 140 escolas públicas, impactando profundamente o futuro de milhares de estudantes.

A educação pública, um direito básico de todos, é tratada como uma mercadoria, uma oportunidade de lucro para grandes empresas. Com isso, as desigualdades sociais, que já são gritantes, tendem a se agravar. Quando a educação passa a ser controlada por empresas privadas, o foco deixa de ser a qualidade de ensino e o bem-estar dos alunos, e passa a ser o lucro. O projeto de privatização que inclui uma parceria público-privada (PPP) para a construção e gestão de novas escolas é um exemplo claro de como os interesses empresariais têm se sobreposto às necessidades da população.

Mas o que isso significa para nós, estudantes?

As consequências são diretas e devastadoras. O ensino, que deveria ser acessível a todos, pode se tornar mais precário, com menos investimentos em infraestrutura, material didático e na formação de professores. Além disso, o corte de mais de R$ 10 bilhões no orçamento da educação no último ano demonstra que, ao invés de investir na melhoria das escolas públicas, o governo Tarcísio está desmontando o que resta de uma educação pública de qualidade.

A adoção de plataformas digitais de ensino, muitas vezes impostas de forma abrupta e com numerosos problemas, tem sido uma estratégia usada para mascarar essa realidade. Professores são obrigados a utilizar sistemas falhos, sem suporte adequado, e nós, estudantes, somos prejudicados com aulas repletas de erros. As escolas públicas, que já enfrentam desafios como falta de recursos e infraestrutura, poderão sofrer ainda mais com a privatização, afetando diretamente nossa capacidade de aprender e de nos prepararmos para o futuro.

Além disso, essa política não beneficia apenas empresas de tecnologia, mas também coloca em xeque a transparência dos processos. A contratação de plataformas sem licitação e o envolvimento de empresas como a Multilaser, com laços claros com o governo, caracterizam conflitos de interesses que prejudicam a educação pública.

No dia 29 de outubro, acontecerá um leilão que pode marcar um passo importante rumo à privatização da educação paulista. É fundamental que todos nós, estudantes, professores e comunidade escolar, nos mobilizemos contra essa ameaça. A educação é um direito, e não um privilégio que pode ser vendido ao maior lance. A privatização das escolas aumentará a exclusão social, beneficiando aqueles que já têm acesso a recursos, enquanto os mais pobres continuarão a ser marginalizados.

Educação não é mercadoria!


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