PELA PALESTINA: GREVE GERAL NA ITÁLIA!
Reprodução: Folha de São Paulo

PELA PALESTINA: GREVE GERAL NA ITÁLIA!

Enquanto a Flotilha é atacada, a Itália se levanta e acampamentos no Brasil seguem dando exemplo para a juventude

Victor Gorman 25 set 2025, 18:22

Entramos em uma semana decisiva da luta em solidariedade à Palestina, e a urgência aumentará a cada dia que passa. Na segunda-feira, os trabalhadores, estudantes e aliados tomaram as ruas da Itália, em cerca de 80 cidades, para exigir que seu governo corte as relações com Israel, e em solidariedade à Flotilha, em uma forte demonstração de força. O chamado dos estudantes italianos é acertado: se interceptam a flotilha, iremos parar as universidades.

No mesmo dia iniciamos um acampamento pró-palestina na UFRGS, e logo em seguida na USP e UNICAMP. Enquanto isso, a Flotilha tem sofrido ataques – o terceiro ataque seguido, sendo este último o mais grave – com 9 barcos sendo afetados por bombas incendiárias e outros tipos de instrumentos de intimidação. Em resposta à enorme mobilização que a Itália testemunhou nos últimos dias, o governo Italiano foi obrigado à enviar dois navios para garantir a segurança de seus cidadãos, e por consequência, de toda a flotilha. Foi o caso, também, do governo espanhol, que tomou medidas semelhantes. Se trata de uma movimentação sem precedentes por parte dos governos europeus.

Enquanto isso tudo acontece, os governos do mundo se reúnem na Assembleia da ONU, em Nova Iorque, tendo o tema de Gaza enquanto um ponto focal de discussão. Esta reunião ocorre poucos dias após Austrália, Canada e Reino Unido, num movimento coordenado, reconhecerem o Estado Palestino. A aprovação da Resolução unitária pela Paz, levada adiante por Petro e o governo Colombiano é muito importante, assim como a ampliação dos países que reconhecem o Estado Palestino e denunciam o genocídio em Gaza. Mas, como vimos no caso Italiano, que obrigou um governo que é inimigo do povo, a tomar medidas que possibilitaram uma maior segurança para a flotilha através da tomada das ruas e da mobilização – que continua e continuará nos próximos dias – nosso papel é multiplicar as ações de solidariedade, a exemplo dos acampamentos da UFRGS e da USP que continuam acertadamente à colocar a orientação ao movimento estudantil brasileiro pela tomada das universidades por uma Palestina livre.

A Global Sumud Flotilla é a mais importante missão humanitária do nosso tempo, e cabe a nós responder a altura e tomar em nossas mãos os rumos da história. A União Nacional dos Estudantes tem o dever de não apenas chamar de forma abstrata mobilizações nas universidades. Sua tarefa histórica é se somar nos acampamentos que estão acontecendo, que têm sido organizados pela Oposição de Esquerda e aliados, e contribuir ampliando a construção dessas iniciativas. Os próximos dias serão centrais para o sucesso da Flotilha, quebrar o cerco ilegal promovido pelo Estado de israel é urgente. E para garantir isso, a tomada das ruas e universidades é o único caminho.


Imagem O Futuro se Conquista

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