O Coletivo Juntos! declara total apoio à greve deflagrada pelos petroleiros do Brasil nesta segunda-feira. A iniciativa, que já conta com o apoio de 14 plataformas e inúmeras unidades administrativas da Petrobrás, é um dos momentos mais importantes das últimas lutas construídas no nosso país. A história do Brasil é a da mobilização da classe trabalhadora, que firmemente se recusa a abandonar sua maior arma política: a greve.

Centrada em três pautas centrais, o fim dos PEDs, aumento real no salário e centralidade da política “Brasil Soberano”, além de outras pautas ignoradas pela patronal nas negociações do ACT, a greve inicia com imensa força, o que se demonstra pelas repressões da PM, a pedido das diretorias da Petrobrás, que vimos hoje no Rio de Janeiro e na Bahia. A repressão violenta e truculenta à organização dos trabalhadores é inaceitável. Toda solidariedade aos companheiros agredidos e levados à delegacia arbitrariamente!

Os repasses recentes de R$ 37,3 bilhões para acionistas da empresa, que ocorreram ao mesmo tempo que a Petrobrás se recusava a aumentar o salário de seus trabalhadores acima de meio porcento, demonstra claramente as prioridades políticas da atual presidência: repartir lucros recordes entre ricaços do mercado financeiro brasileiro e internacional e intensificar a exploração dos trabalhadores e trabalhadoras da categoria.

Essas prioridades não são surpresa vindo da gestão da Magda Chambriard, presidente da Petrobrás, que repetiu o slogan de Donald Trump “Let’s drill, baby, drill” em evento ainda esse ano. A atual política de ataque aos trabalhadores é coerente com os sucessivos ataques ao meio ambiente que vimos esse ano pela empresa, com o início dos leilões da Foz da Amazônia e da Margem Equatorial Brasileira. Como já dissemos antes, nossa única arma para defender os interesses da classe trabalhadora brasileira perante os ataques da burguesia e para impedir a emergência climática é a greve e, por isso, estaremos ao lado dos petroleiros dos piquetes no Norte às vigílias no Rio de Janeiro. A greve sairá vencedora!