Elon Musk, a compra do Twitter e a concentração de riqueza no mundo: nem a fome e nem os bilionários deveriam existir
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Elon Musk, a compra do Twitter e a concentração de riqueza no mundo: nem a fome e nem os bilionários deveriam existir

Gabriel e Alvin, militantes do juntos! Ribeirão, comentam as contradições entre a fortuna multibilionária de Elon Musk, que comprou o Twitter no dia de ontem e o aumento da fome e da miséria no mundo

Alvin di André e Gabriel Ishioka 27 abr 2022, 11:51

O assunto mais comentado no dia de ontem foi a compra bilionária de Elon Musk, que por cerca de US$ 44 bilhões (cerca de R$ 215 bilhões) comprou o twitter. A agência da ONU calculou que para reverter a situação de fome no mundo, são necessários, US$ 7 bilhões (R$ 38,78 bilhões), valor seis vezes inferior ao que Elon Musk gastou para compra do twitter, e esse cálculo foi feito em novembro de 2021,
O Brasil hoje enfrenta sua pior crise econômica, onde muitas famílias não conseguem comprar comida e muito menos gás de cozinha, enquanto bilionários como Elon Musk gastam seu dinheiro, suficiente para acabar com inúmeros problemas sociais, com o único intuito de aumentar sua fortuna.


Durante a pandemia os 10 homens mais ricos do mundo tiveram suas fortunas dobradas, enquanto a renda de 99% da humanidade caiu, o que contribui para o aumento da fome, pobreza e mortes por desnutrição e condições precárias no mundo, segundo a Oxfam. Segundo seus cálculos, a cada 26 horas um novo bilionário surgiu, enquanto a desigualdade contribuiu para a morte de uma pessoa a cada quatro segundos durante a pandemia. O que resultou no maior aumento dessas fortunas dos últimos 14 anos.


Toda a fortuna dos bilionários foi feita através da exploração do trabalho de milhões. Não existe trono de ouro que não esteja assentado em uma montanha de cadáveres. E muitos usam esse poder que o dinheiro os oferece para manipular idéias através dos monopólios de mídia e redes sociais.
E foi exatamente isso que fez Elon Musk. O bilionário nascido em uma família rica, fruto da exploração feita por seu pai em minas de esmeraldas, na África do Sul, em pleno regime de Apartheid tem sua fortuna estimada em US$ 219 bilhões (R$ 1,021 trilhão), de acordo com ranking da revista Forbes. Toda a sua riqueza foi conquistada através de herança, incalculáveis auxílios governamentais, superexploração do trabalho e sangue derramado, como foi no caso do golpe de estado na Bolívia em 2019 patrocinado por ele para adquirir o lítio daquele país.


O capitalismo é o sistema do desperdício, onde 1,3 bilhões de toneladas de alimentos são desperdiçadas por ano, enquanto 811 milhões passam fome, onde há milhões de imóveis abandonados enquanto há 800 milhões que moram nas ruas segundo dados da ONU de 2020. Bilhões são gastos na compra de uma rede social enquanto falta infraestrutura básica para os países mais pobres.


Também foi estimado que um imposto único sobre os ganhos obtidos por esses 10 maiores bilionários durante a pandemia poderia, por exemplo, providenciar saúde pública universal e proteção social; financiar ações de adaptação climática; e, reduzir a violência de gênero em mais de 80 países. E ainda sim suas fortunas teriam US$ 8 bilhões a mais do que tinham antes da pandemia.

Nós do Juntos queremos evidenciar como desigualdades sociais extremas como essas citadas devido a existência de bilionários são formas de violência econômica e que se não houver políticas públicas, como taxação de heranças, que busquem diminuir essa desigualdade, ela continuará contribuindo para prejudicar a maior parte da humanidade e o planeta Terra e beneficiando um pequeno grupo de pessoas. Eles precisam pagar a conta da crise, nós precisamos obrigá-los a isso, pois com certeza não o farão de boa vontade.

TUDO NOSSO, NADA DELES! E O QUE FOR DELES, NÓIS TOMA!!

NEM A FOME E NEM OS BILIONÁRIOS DEVIAM EXISTIR!


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