Nesta terça-feira, dia 24/01, foi divulgada uma denúncia de estupro nas proximidades da EACH – USP Leste (confira a reportagem). O agressor é um policial militar e a vítima uma aluna da universidade. No ínicio do mês, um caso de agressão a uma mulher grávida aconteceu no campus Butantã da USP por parte da guarda universitária. As mulheres são […]
Nesta terça-feira, dia 24/01, foi divulgada uma denúncia de estupro nas proximidades da EACH – USP Leste (confira a reportagem). O agressor é um policial militar e a vítima uma aluna da universidade.
No ínicio do mês, um caso de agressão a uma mulher grávida aconteceu no campus Butantã da USP por parte da guarda universitária. As mulheres são as mais atingidas por essa política de “segurança” que está sendo implementada na USP. Somos, nós mulheres, que continuamos sendo violentadas e desrespeitadas no dia-dia.
De forma oportunista, a reitoria se utiliza dos casos de estupro nos campi como argumento para legitimar a entrada da PM na USP. No entanto, poucas medidas efetivas estão sendo implementadas pensando neste problema. Em meio à crise de segurança instaurada na universidade, nós mulheres estudantes começamos a elaborar um projeto de segurança pública alternativo para a comunidade universitária e que também refletisse nossas demandas:
“Abrir a Universidade concretamente à sociedade não é apenas permitir a entrada de pedestres sem carteirinha à noite e aos fins de semana. É preciso rediscutir e construir atividades e espaços de convivência juntamente à acessibilidade aos campi. No caso específico do Butantã, essa pauta engloba a reivindicação por um maior número de ônibus, bem como de circulares, e que estes tenham seus horários à noite e aos finais de semana ampliados.
Manutenções paisagísticas no que diz respeito a poda de árvores e folhagens bem como aumento da iluminação são medidas que colaboram com a área de visão de todas e todos que passam pelo espaço, diminuindo as chances de pessoas serem surpreendidas por alguém que apareça subitamente” (Frente Feminista da USP).
Uma guarda universitária que esteja profissionalmente preparada para lidar com as situações de violência a que estamos sujeitas cotidianamente na universidade.
Neste caso, além de não trazer segurança, a PM cometeu um crime. O caso só mostra como a presença de PM não é sinônimo de segurança nem na USP e nem em outros lugares da cidade. Deste sentido, o Juntas! reafirma a necessidade de uma política de segurança que de fato proteja as mulheres e exigimos a garantia de punição ao agressor!