Juntos! apóia a greve dos estudantes da  Unifesp de São José dos Campos
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Juntos! apóia a greve dos estudantes da Unifesp de São José dos Campos

É triste sabermos que no século 21 algumas instituições agem de maneira duvidosa, fazendo coisas “na surdina”, agindo sem consultar àqueles que serão os verdadeiros afetados por tais decisões. Tais decisões são no mínimo duvidosas. Não, não estou falando do Brasil e seu governo com acordos e decisões. A decisão da qual falamos aqui foi […]

Arlley Parreira 13 jun 2011, 20:41

É triste sabermos que no século 21 algumas instituições agem de maneira duvidosa, fazendo coisas “na surdina”, agindo sem consultar àqueles que serão os verdadeiros afetados por tais decisões. Tais decisões são no mínimo duvidosas.

Não, não estou falando do Brasil e seu governo com acordos e decisões. A decisão da qual falamos aqui foi a da diretoria acadêmica do Campus de São José dos Campos (SJC) da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) de um dia para o outro resolver que a entrada na universidade seria apenas pelo curso de Bacharelado em Ciências e Tecnologia (BCT). O estudante não poderia ingressar diretamente pelos cursos de Bacharelado em Ciências da Computação (BCC) ou Bacharelado em Matemática Computacional (BMC).

Por outro lado, alegra-nos muito ver que em toda parte existe a Juventude de Luta como nós, Juntos! Desde o dia primeiro de junho os alunos do campus de SJC da Unifesp paralisaram todas as atividades acadêmicas até que sejam discutidas as pautas de reivindicação.

Ora, tudo nos leva a crer que com a tal “entrada única”, os cursos BMC e BCC que só teriam estudantes daqui quatro anos, pois seriam um curso a ser feito “pós-BCT”, seriam fechados! Se a diretoria tomou uma decisão tão importante assim do dia para a noite ou da noite para dia, escolha como quiser, dá para imaginar ela fechando um curso por “falta de procura”. Falta de procura essa ocasionada por ela própria.

Na Congregação do campus (instância máxima de resolução de toda burocracia acadêmica), não só alunos, mas servidores e docentes já tinham ficado contra a resolução da “entrada única”. E, com pouca discussão sobre o assunto, foi colocada em prática.

Concordamos com os alunos que o problema em si não é a “entrada única”, mas a maneira com que estão tratando o assunto. Colocando até em dúvida a própria maneira como eles vêm atuando até agora. Dizendo ao corpo discente que eles têm que provar que o novo modelo é ruim e não o contrário.

Em longa carta nossos companheiros joseenses dizem que “não temem o novo”, mas que é importante a “constante validação” da tal “entrada única”. Os estudantes querem a revogação da decisão e a implantação de um modelo misto. O que até o momento a diretoria mostrou-se impassível.

Apoiamos inteiramente os estudantes de SJC e acreditamos que a greve é a voz daqueles que não são ouvidos.

Eis a pauta de reivindicações dos estudantes:

● Revogação da decisão da Congregação referente a entrada única para os cursos noturnos do campus da UNIFESP de São José dos Campos, bem como tornar a oferecer os cursos de BCC e BMC no modelo tradicional durante o período noturno;

● Desenvolvimento e Implantação de um modelo misto que possibilite o estudo de ganhos e melhorias do novo modelo em relação ao atual, com pareceres de especialistas externos nas áreas pedagógica, social, educacional e do mercado;

● Respostas e esclarecimentos das questões levantadas nessa carta referentes aos cursos oferecidos em nosso campus;

● Acompanhamento do processo de estudo e resultados pelo Prof. Dr. Armando Zeferino Milioni, tendo a liberdade de concorrer a Diretor de nosso Instituto garantida pelos órgãos superiores;

● Reposição de aulas, tarefas e provas ocorridas nos dias de paralisação;

● Aumento no número de bolsas de assistência estudantil oferecidas ao campus;

● Mudança na política de transferência interna de anual para semestral;

● Políticas relacionadas à inserção no mercado de trabalho e parcerias para formandos principalmente para os concluintes do BCT;

● Reoferecimento de matérias no mesmo período que o de matrícula, ao contrário do que acontece hoje;

Juntos! Podemos Mais!


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