Acabou a baderna por Gregório Duvivier*
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Acabou a baderna por Gregório Duvivier*

Acabou a baderna. Encontraram o grande financiador do movimento. Já foi provado que membros do PSOL doaram 150 reais para se realizar uma ceia de Natal para mendigos e o dinheiro foi usado para comprar várias rabanadas. Como se sabe, poucas coisas são mais letais que uma rabanada na cara, especialmente se ela estiver dormida.

Gregório Duvivier 17 fev 2014, 10:03

Acabou a baderna. Encontraram o grande financiador do movimento. Já foi provado que membros do PSOL doaram 150 reais para se realizar uma ceia de Natal para mendigos e o dinheiro foi usado para comprar várias rabanadas. Como se sabe, poucas coisas são mais letais que uma rabanada na cara, especialmente se ela estiver dormida.

Muita gente já deve ter morrido a golpes de rabanadas do PSOL. Isso porque o pessoal não declarou o panetone. Um panetone é arma branca! Ainda mais se for daqueles bem duros, da Visconti. Quando pega na testa, mata na hora. Mas não vai matar mais ninguém. A fonte secou!

Engraçado pensar que alguns acreditam que o motivo da revolta de junho era a insatisfação popular. Finalmente ficou provado que não. O povo está muito feliz. Eduardo Paes já aumentou a passagem de novo. E não vai dar em nada. O povo não tem problema nenhum com aumento da passagem. O povo não tem problema nenhum com nada. Quem inventa o problema é a esquerda caviar. O povo está feliz. Sempre esteve.

Detalhe: ao exumarem o corpo do Josef Stálin, descobriu-se que em sua farda, no bolso esquerdo, havia uma estrela na qual podia-se ler as impressões digitais de Iran Kruschewsky, assessor de Stálin, cuja filha primogênita, Anna Nicoleivna, foi amante de Miriam Pletskaya, embaixatriz da extinta Tchecoslováquia cujo filho, Benjamin Berndorff, tem as mesmas iniciais de Bruno Bianchi, ortopedista brasileiro nascido em 1967, mesmo ano em que nasceu o deputado Marcelo Freixo. Procurado, o deputado negou qualquer envolvimento com o regime stalinista.

“Não acho que o ano em que nasci seja um dado relevante para tecer esse tipo de conexão estapafúrdia”, afirmou o deputado, saindo pela tangente. A palavra “estapafúrdia”, no entanto, já havia sido usada por José Sapir, meu cunhado, para designar a roupa que uma senhora usava em Copacabana, bairro do Rio de Janeiro, cidade onde nasceu Oscar Niemeyer, stalinista confesso. Ou seja…

A legislação vai mudar, graças a Deus (e à Dilma). Não vamos mais tolerar baderna. A ex-guerrilheira, quem diria, vai baixar o AI-5. O Brasil finalmente está virando um país sério: bandido preso no poste, Polícia Militar ameaçando o Porta dos Fundos, leis antiterrorismo. O caminho se abriu. Este é o ano em que Bolsonaro vai assumir a presidência da Comissão de Direitos Humanos. Chegou o momento, Capitão. Em abril, nossa revolução faz 50 anos.

*Gregório Duvivier é ator e roteirista. Um dos criados do canal Porta dos Fundos.

Publicado originalmente em http://www1.folha.uol.com.br/colunas/gregorioduvivier/2014/02/1413111-acabou-a-baderna.shtml.


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