12 J: gol contra dentro e fora de campo
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12 J: gol contra dentro e fora de campo

Não poderia ser mais emblemático que começar a bola em campo com um gol contra. Do lado de fora do estádio e em várias cidades do Brasil, nossa luta contra as injustiças desse megaevento teve as ruas como palco e o elemento comum da repressão policial estatal.

Sara Azevedo 13 jun 2014, 17:00

*Por Sara Azevedo

Chegou o dia. 1 ano depois das jornadas de junho e da manifestação mais reprimida em São Paulo contra o aumento das passagens no ano passado. Não poderia ser mais emblemático que começar a bola em campo com um gol contra. Do lado de fora do estádio e em várias cidades do Brasil, nossa luta contra as injustiças desse megaevento teve as ruas como palco e o elemento comum da repressão policial estatal.1528634_752703978085565_5720499650831977820_n

Em São Paulo, o ato pacífico e unitário trabalhadores e juventude pela readmissão dos metroviários demitidos no último dia 09, com grande unicidade da esquerda brasileira, teve a sede do sindicato sitiada pela PM paulistana a mando do governador Geraldo Alckmin. No Rio, cerca de 2 mil pessoas deram cor e alegria as pautas concretas gritando “FIFA GO Home!”. Em Porto Alegre teve os mesmos números que o Rio, tendo uma forte presença do Juntos com uma coluna de quase 200 ativistas.

10458893_10152490192045549_4143272467141434324_nVárias outras cidades ocorreram atos como Belém, Belo Horizonte e Brasília com grande expressividade. Infelizmente, um grupo de agitadores depredaram prédios públicos e privados tentando ofuscar as pautas como os investimentos públicos feitos para a garantia de lucro de empresas privadas. Porém, nada justifica a ostensividade e truculência da ação das Polícias Militares desses estados onde atuaram como força repressora das manifestações e defensora dos interesses do capital. Uma das vitimas foi a correspondente do mídia Ninja, Karinny de Magalhães, presa e agredida pela PM  na tarde de ontem durante a manifestação em BH. A mesma continua presa, encaminhada para o presídio feminino.  Enquanto nas ruas as manifestações, a mídia se esforçava pra não divulgar essas pautas e somente aparecer pro Brasil e pro mundo quebradeiras e confrontos.

Do jogo, pra além das quatro linhas a inexpressiva presença de negros nas arquibancadas, não representando os milhões de brasileiros que não tem acesso a ver seu time jogar.10347792_826284054051076_1598302202878458576_n

O Juntos esteve em todos os atos dialogando com a população e expondo a situação absurda como as várias desapropriações, as lutas das categorias, a péssima qualidade dos transportes, saúde e educação. Pra nós, a luta continua. A Copa das manifestações começou e com ela a copa da repressão e das injustiças.

Continuaremos nas ruas lutando e construindo um outro futuro!

 

*Sara é do Juntos Belo Horizonte/MG e do Grupo de Trabalho Nacional – GTN


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