A batalha por #VacinaParaTodos também é uma luta da juventude: conheça as Brigadas Pela Vacina
brigadas pela vacina

A batalha por #VacinaParaTodos também é uma luta da juventude: conheça as Brigadas Pela Vacina

Queremos convidar a todos e todas a se somarem nessa grande campanha de vacinação que se tornou uma importante batalha de ideias contra o governo Bolsonaro. É tempo de tomar em nossas mãos a possibilidade de superar a pandemia e enfrentarmos de cabeça erguida nosso principal desafio: derrotar Bolsonaro.


No último domingo, dia 14, o Brasil atingiu a maior média diária de mortes por Covid-19 desde o início da pandemia, mortes essas que infelizmente se juntam às mais de 240 mil vítimas da doença em nosso país. A política negacionista de Bolsonaro em meio a uma nova curva de contágio ascendente, em paralelo com a lentidão na vacinação pela falta de doses, pode fazer repetir pelo restante do Brasil o colapso na saúde que atingiu Manaus. Essa crise também tem contornos mais perversos para as periferias, muito mais do que para os super ricos e as classes médias/altas. Milhares de pessoas estão se vendo desassistidas sem o auxílio emergencial e tendo que enfrentar níveis cada vez mais altos de desemprego e subemprego, ao mesmo tempo em que os preços nas prateleiras dos mercados não param de subir. A crise econômica, que já vinha desde antes do Coronavírus, se junta ao colapso sanitário, e desdobra-se em uma crise multifacetada e estrutural, passando a atingir principalmente o emprego, o SUS e a educação pública. 
Bolsonaro é um péssimo exemplo de como um governo deveria lidar com a pandemia: ataca o SUS, a ciência e os profissionais da saúde, não usa máscaras, provoca o povo a sair nas ruas e ainda corta o auxílio emergencial. Além disso, dificultou a compra de vacinas que poderiam salvar vidas, mas gastou mais de 15 milhões em leite condensado para o executivo federal. Para que mais cidades não colapsem, pela urgência de salvar vidas e para superarmos a pandemia, precisamos defender a vacinação para todos!

Antes mesmo da pandemia, inclusive, viemos sofrendo cortes profundos em nossas universidades públicas e na pesquisa, instituições que depois se mostrariam essenciais para a formulações de respostas a um vírus de dimensões jamais antes vistas. Não só do governo Bolsonaro vieram ataques, mas também de diversos governos estaduais, a exemplo de João Dória, governador de São Paulo que agora tenta acelerar um plano de vacinação no estado de São Paulo e posar como defensor da vacina, mas passou todo o último período tentando confiscar da USP, UNESP, UNICAMP e FAPESP seus fundos de financiamento de pesquisa, furtando de nossas Universidades a estrutura para avançar no desenvolvimento de respostas para a covid e em todas as outras áreas de produção científica.
Entretanto, a principal mudança de qualidade de 2021 quanto à batalha contra a Covid-19 no mundo foi, sem sombra de dúvidas, a chegada das vacinas contra o coronavírus com eficácia comprovada para a redução de mortes e internações. Diante desse importante avanço da ciência e da saúde, iniciou-se uma corrida desigual entre os países pelas aquisição das vacinas. Fato é que a pandemia impôs um duro cenário mundial de mortes e mesmo a burguesia tem seu interesse no retorno da vida à normalidade, o que fez com que a maioria dos países mais ricos já tivesse também feito suas compras de vacinas para imunização da população. No Brasil, o atraso do plano de vacinação e de sua concretização é consequência do cenário político que passa o país e da postura reiterada de boicote à vacina por parte do governo.

Sabendo da ineficácia do chamado “tratamento precoce”, a verdade é que hoje a vacina é a única via efetiva e segura para salvar nossas vidas. Além das vacinas serem cientificamente testadas e aprovadas, foi através delas que conseguimos zerar várias doenças altamente mortais no Brasil nestes mais de 200 anos de uso de vacinas: Varíola, Poliomielite, Rubéola… e o próprio Sarampo, que só voltou porque os índices de vacinação diminuíram pela disseminação de mentiras. A vacinação, portanto, deve ser um pacto coletivo, e se a maioria das pessoas se protegem, isso impede que a doença chegue com mais força para quem ainda não pôde se vacinar. 

Por isso, precisamos de vacina para todos, mediante critérios justos e definidos, com prazos reais e ação política dos governos para garantir a imunização de toda a população, coisa que não se vislumbra nem mesmo aos profissionais da saúde no momento da escrita desse texto. Nós estudantes fomos um dos primeiros setores a ir para a rua contra o governo, sabendo que é preciso derrotar Bolsonaro para salvar o país. Foram os estudantes que colocaram em movimento diversas universidades do país protagonizando o Tsunami da Educação e nos posicionando como vanguarda do enfrentamento a esse governo anti-povo.

 Resgatando a força da luta política dos estudantes, nós do Juntos acreditamos que é preciso colocar nossas escolas e universidades novamente em movimento para dar mais uma batalha contra o Governo Bolsonaro: queremos vacina para todos e queremos já! Desde o início do ano estamos construindo as Brigadas Pela Vacina, colocando os estudantes nas ruas para combater as fake news e o negacionismo, disputando a consciência e a opinião pública pela necessidade e a urgência da vacinação e imunização de toda a população. Queremos convidar a todos e todas a se somarem nessa grande campanha de vacinação que se tornou uma importante batalha de ideias contra o governo Bolsonaro. É tempo de tomar em nossas mãos a possibilidade de superar a pandemia e enfrentarmos de cabeça erguida nosso principal desafio: derrotar Bolsonaro.

Por fim, convidamos toda a juventude a estar nas ruas, com as Brigadas Pela Vacina, microfones abertos, cartazes e faixas em pontos importantes das suas cidades no dia 25 de fevereiro, para construir um grande dia nacional de lutas contra o Governo Bolsonaro e pela vacinação.


Volta às aulas só quando for seguro!

Vacina para todos já!
Fora Bolsonaro!


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