Em defesa da educação, estaremos nas ruas
Juntos! no ato de sexta

Em defesa da educação, estaremos nas ruas

Ir às ruas é de fundamental importância para sustar esse projeto de destruição dos nossos sonhos

Wendal do Carmo 16 maio 2021, 12:48

Tantas são as desgraças do Brasil de Bolsonaro que não me faltariam assuntos para discorrer: orçamento paralelo para comprar apoio no Congresso, desídia na compra de vacinas, recrudescimento do extermínio da população negra, uma cifra barulhenta de 430 mil mortos pelo novo coronavírus, aumento da extrema-pobreza, precarização dos serviços públicos, cortes vergonhosos nas verbas das universidades públicas, que as coloca sob o risco do fechamento.

Pretendo me deter ao fenômeno assombroso que encontrou morada no noticiário brasileiro e fez milhares de estudantes irem às ruas, mesmo sob o signo de uma pandemia mortal.

As universidades brasileiras, para além de contribuírem com o desenvolvimento do país, através das pesquisas e dos serviços ofertados às comunidades, são propulsores da esperança, pois que através delas conseguiremos galgar novas possibilidades anticapitalistas, antifascistas, antirracistas. Ao cortar recursos que inviabilizam a prestação de tais serviços, este governo genocida pretende nos parar, impor a desesperança, sendo ela uma estratégia neoliberal para nos matar.

Sem universidades e cidadãos pensantes não há como construir soberania nacional, tampouco um projeto de país que preze por seus indivíduos.

Lembremos do pacóvio Paulo Guedes, treinado por Pinochet, e da sua ojeriza ao filho do porteiro que entrou na universidade. Não é característica dele tais afirmações abjetas, que atacam as instituições de ensino superior. Milton Ribeiro, atual ocupante do Ministério da Educação, e Abraham Weintraub, o ex-ministro da educação, já deram declarações que reafirmam a posição de inimigos da educação de qualidade e para todos.

O ato protagonizado por estudantes da Universidade Federal do Rio de Janeiro na noite de ontem (14), transmitido pelas redes do Juntos, traduziu a necessidade dos estudantes brasileiros irem às ruas em defesa da educação superior. Nós precisamos nacionalizar tais manifestações para acirramos o debate em torno da pergunta: a quem interessa o sucateamento e o fechamento de universidades públicas?

Se Freud nos diz que o ser humano se move por indignação, é a organização deste ódio que nos fará derrubar Bolsonaro. Ir às ruas é de fundamental importância para sustar esse projeto de destruição dos nossos sonhos. A letalidade destes senhores sádicos e perversos é tão grande quanto a da pandemia, por isso que ter estudantes se manifestando em nome dos seus direitos incomoda os crápulas em seus sonos injustos.

Paz entre nós; guerras aos nossos senhores.


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