NÃO AO AUMENTO DA PASSAGEM DO TRANSPORTE PÚBLICO QUE LIGA A REGIÃO METROPOLITANA A BELO HORIZONTE!
NÃO AO AUMENTO DA PASSAGEM DO TRANSPORTE PÚBLICO QUE LIGA A REGIÃO METROPOLITANA A BELO HORIZONTE!

NÃO AO AUMENTO DA PASSAGEM DO TRANSPORTE PÚBLICO QUE LIGA A REGIÃO METROPOLITANA A BELO HORIZONTE!

É hora de exigir um transporte público estatizado, que preze pela qualidade e pela sua função social, e não pelo lucro de poucos.

Igor Cardoso e Ruan Debian 3 fev 2022, 11:47

No último dia 27 (sábado), foi anunciado, passando a valer na segunda-feira (31), o aumento de 13% na tarifa das passagens de ônibus que fazem a rota da região metropolitana com Belo Horizonte – MG. Não haveria pior momento para esse reajuste, pois a população ainda experencia as consequências nefastas das enchentes que desabrigaram inúmeras pessoas, aumentando a miséria (que já é uma marca da gestão de Bolsonaro) e a fome, além da nova onda de contágio provocada pela variante ômicron. Referente às fortes chuvas, cabe destacar a demora regada à incompetência do governador Romeu Zema para proporcionar uma saída satisfatória para a situação.

As consequências desse aumento deverão ser trágicas, pois parte considerável de mineiros que trabalham na capital não moram necessariamente em Belo Horizonte. Sem nenhuma dúvida, as empresas e lojas, já costumam priorizar moradores da capital, visto que o tempo de deslocamento e a tarifa são menores, e, a partir deste aumento, o número de desempregados da região metropolitana tende a aumentar ainda mais. 

A juventude, principalmente as que moram em regiões periféricas, também serão alvo das consequências deste aumento, pois o acréscimo da tarifa implicará numa redução significativa destes jovens à espaços de cultura, esporte, lazer e educação, que, de certa forma, se encontra em maior escala e com grande acessibilidade na grande capital.

Além de todo esse absurdo com a classe trabalhadora, cabe-se mencionar que as condições do transporte coletivo vão de mal à pior com redução do quadro de horário sob justificativa da pandemia – mesmo com a maior parte dos moradores trabalhando normalmente de forma presencial – ocasionando em superlotação em horários de pico e facilitando a transmissão do vírus, e com a problemática das linhas pararem de rodar às 20h, impossibilitando o retorno de grande parte dos moradores à suas casas.

Com toda essa precariedade, o setor privado deixa claro a sua incapacidade de gerir o transporte público, a lógica do lucro sobre a função social e qualidade do transporte público nos levaram a uma situação em que as tarifas de ônibus assumissem valores absurdos (antes era R$ 6,75 e após o aumento passou para R$ 7,65) enquanto a qualidade do transporte, a variedade nos horários, a desvalorização dos trabalhadores nesse ramo e o atendimento dos usuários em geral só pioram. A prova definitiva do que é o transporte público nas mãos das empresas privadas é que quando o mundo todo se esforçava para conter o avanço da pandemia, as empresas de ônibus se tornaram pólos de transmissão do vírus.

A saída só é possível através da mobilização popular de toda a sociedade, em conjunto com a juventude, os estudantes e os trabalhadores. É hora de exigir um transporte público estatizado, que preze pela qualidade e pela sua função social, e não pelo lucro de poucos. Esta é uma tarefa árdua, porque sabemos que por trás dessas empresas existe um sistema de relações entre empresários e políticos, mas juntos, trabalhadores e estudantes, construindo uma grande pressão popular, temos força para virar esse jogo.


Últimas notícias