Bolsonarismo mata: sobre a política de morte da extrema-direita contra a juventude
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Bolsonarismo mata: sobre a política de morte da extrema-direita contra a juventude

Nos solidarizamos com as famílias em luto, com os estudantes criminosamente atacados e nos colocamos na luta para frear a extrema-direita, batalhando por uma nova sociedade onde todes possam viver sem medo.

João Ricardo 30 nov 2022, 00:08

Nunca foi sobre as famílias, sobre as crianças e os “valores cristãos”. O bolsonarismo se esconde atrás da retórica de proteção e defesa contra os “inimigos dos bons costumes” para intimidar e silenciar todas as vozes e corpos que questionam e incomodam uma sociedade misógina, racista, lgbtfóbica e desigual.

Nos últimos dias, uma série de atentados armados contra estudantes aconteceu em todo o país e, não por coincidência, todos eles protagonizados por extremistas de direita. O projeto de extermínio e o armamento da sociedade são condicionantes um do outro.

Na cidade de Aracruz, Espírito Santo, três professoras e uma criança foram mortas a tiros por um neonazista dentro de duas escolas. O assassino portava uma suástica no braço e utilizou as armas do pai, Tenente da Polícia Militar, para cometer o crime. Nas redes sociais do policial, é possível encontrar alusão clara ao nazismo.

Em Bandeirantes, no Norte Pioneiro do Paraná, um ônibus escolar foi atingido por tiros disparados de um acampamento bolsonarista em frente ao Tiro de Guerra da cidade. Cerca de 30 estudantes voltavam de um evento no interior do estado quando foram atacados.

Diante desses acontecimentos, surge a pergunta: onde estão os defensores da vida e dos bons costumes? Atirar contra professoras e crianças é defender a vida? É, também, um bom costume? O conservadorismo e a hipocrisia são duas faces da mesma moeda.

O que significa, em um país como o Brasil, querer conservar as coisas como estão?
Significa legitimar, em nome de uma pauta mentirosa e moralista, as violências sistemáticas e estruturais sofridas pelas minorias e que marcam a história do país.

O bolsonarismo diz “defender a vida” e legitima o genocídio da juventude negra e periférica por parte do Estado; “defende os bons constumes” enquanto desvia dinheiro da saúde e da educação para financiar o orçamento secreto; “protege a família brasileira” quando 6 em cada 10 delas não tem pleno acesso à alimentação.

Aqueles que hoje pedem o fim da democracia e a volta da ditadura, estão a serviço daqueles que sempre se beneficiaram da política de morte e construíram seu domínio por meio dela: as elites rurais, industriais e financeiras que exploram o povo.

Nos solidarizamos com as famílias em luto, com os estudantes criminosamente atacados e nos colocamos na luta para frear a extrema-direita, batalhando por uma nova sociedade onde todas, todos e todes possam viver sem medo.


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