09 de fevereiro, tod@s à Cinelândia!
FOLDER BOMBEIROS

09 de fevereiro, tod@s à Cinelândia!

O ano marcado pelas revoluções democráticas no mundo árabe passou, mas o calendário das lutas segue! 2012 recém começou e não houve tempo para esfriar os conflitos entre os interesses dos governos e dos grandes empresários, com os da maioria dos trabalhadores e da juventude…

Sargento Félix 9 fev 2012, 10:20

* Sargento Félix

Como diz o Inspetor de Polícia “Chao”: Não existe polícia boa e barata… Os policias do Rio de Janeiro são os que mais morrem em conflito, guardam uma cidade que está sitiada de traficantes fortemente armados… saem de casa e não sabem se retornarão… Para tal função… recebem do Governo do Estado pouco mais de mil reais… O PIOR SALÁRIO DO BRASIL…. DIA 09/02 POLICIA MILITAR, POLICIA CIVIL, BOMBEIROS MILITARES, AGENTES PENITENCIÁRIOS… E TODA POPULAÇÃO QUE QUISER NOS APOIAR… TODOS JUNTOS NA CINELÂNDIA AS 18HS… CONTO COM VOCÊS….

9 de fevereiro, tod@s a Cinelândia!

O ano marcado pelas revoluções democráticas no mundo árabe passou, mas o calendário das lutas segue! 2012 recém começou e não houve tempo para esfriar os conflitos entre os interesses dos governos e dos grandes empresários, com os da maioria dos trabalhadores e da juventude. No país, a aparente estabilidade econômica e social começa estremecer. Apesar de toda propaganda e blindagem da grande mídia, o Brasil verdadeiro é palco de intensos conflitos de classe. Após o estouro do espumante e dos fogos de artifício, ocorreram lutas de repercussão nacional, podemos citar: as marchas contra o aumento das passagens de ônibus, em destaque Teresina (PI) e Vitória (ES) com mobilizações radicalizadas; as greves e paralisações de operários do Comperj e do Maracanã; a violenta repressão na comunidade do Pinheirinho (SP), onde a polícia assassina de Alckmin massacrou famílias pobres; a greve dos policiais militares na Bahia. Em Brasília, por indícios de corrupção cai o 7º ministro do governo Dilma.

No Rio de Janeiro, Estado que goza de forte intervenção do capital nacional e internacional, seguimos vivendo com uma gritante contradição. Por um lado, obras nas áreas centrais e turísticas, grandes projetos, reforma do Maracanã, mega eventos, intensa propaganda governamental para agradar e atrair investidores estrangeiros. Por outro lado, a população carioca e fluminense sofre com bueiros explodindo, prédios desabando, enchentes e deslizamentos, remoções forçadas em comunidades pobres, violência e carências no serviço público. O funcionalismo estadual está no topo da lista dos setores diretamente atacados pelo governo Cabral. Nesse sentido, várias categorias se mobilizaram para enfrentar esse governo, em destaque os profissionais da educação e os Bombeiros. A juventude também fez sua parte exigindo melhorias nas intuições de ensino público estadual e os 10% do PIB nacional para a educação. Recentemente, os Bombeiros, que já haviam posto o governo na parede com a “Onda Vermelha” de 2011 retornaram as ruas para exigir seus direitos. Desta vez arrastando setores dignos da polícia militar e da polícia civil.

No dia 29 de janeiro, as três categorias, colocaram mais de 10 mil nas ruas de Copacabana. No dia 9 de fevereiro irão realizar nova mobilização e estão indicando para o dia 10 Greve Geral.

Como devemos agir diante desse quadro? Um setor doutrinado pela rígida disciplina militar resolveu tomar nas mãos o seu próprio destino e se colocou na linha de frente no enfrentamento contra o governo Cabral e vem ganhando apóio massivo da população. Não podemos negligencia a oportunidade de enfraquecer Cabral e sua cúpula. A vitória dos Bombeiros é uma derrota para o governo e isso deve ser entendido dessa forma. O inimigo nº 1 dos trabalhadores e da juventude no Estado do RJ é Sergio Cabral e devemos golpear juntos com esses lutadores. Por isso, de nossa parte, chamamos a solidariedade aos Bombeiros e Policiais rebelados. Mais ainda, opinamos que todas e todos militantes devam se somar mais uma vez na marcha encabeçada pelos Bombeiros no dia 9 na Cinelândia. Pois o desafio de alterarmos a correlação de forças no Rio é extremamente difícil, porém se juntarmos as nossas forças poderemos conseguir sensibilizar e influenciar parcelas das massas para colocar na ordem do dia o questionamento ao governo e a necessidade de derrotar a política de Cabral.

* Félix é bombeiro, historiador e estudante de Direito da UERJ.


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