Veta, Dilma, o novo Código Florestal!
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Veta, Dilma, o novo Código Florestal!

Ocorrerá hoje, dia 07/03, em Brasília, um grande ato público contra o novo Código Florestal, exigindo o veto da presidente Dilma aos artigos do Projeto que representam um retrocesso na proteção do meio ambiente.

7 mar 2012, 01:38

Ocorrerá hoje, dia 07/03, em Brasília, um grande ato público contra o novo Código Florestal, exigindo o veto da presidente Dilma aos artigos do Projeto que representam um retrocesso na proteção do meio ambiente. Leia abaixo o MANIFESTO do Comitê Brasil em Defesa das Florestas e do Desenvolvimento Sustentável, assinado por 163 instituições, que repudia as mudanças na legislação ambiental brasileira.

Manifesto em Defesa das Florestas e do Desenvolvimento Sustentável

Por que tanta polêmica em torno da manutenção do que resta das nossas florestas? Será possível que ambientalistas, cientistas, religiosos, empresários, representantes de comunidades, movimentos sociais e tantos cidadãos e cidadãs manifestem sua indignação diante do texto do Código Florestal, aprovado pela Câmara dos Deputados, apenas por um suposto radicalismo ou desejo de conflito sem cabimento? Será justo afirmar que os defensores das florestas não levam em conta as pessoas e suas necessidades de produzir e consumir alimentos? Do que se trata, afinal? O que importa para todos os brasileiros?
Importa, em primeiro lugar, esclarecer a grande confusão sob a qual se criam tantas desinformações: não está se fazendo a defesa pura e simples das florestas. Elas são parte dos sonhos de um país com mais saúde, menos injustiça, no qual a qualidade de vida de todos seja um critério levado em conta. Um Brasil no qual os mais pobres não sejam relegados a lugares destruídos, perigosos e insalubres. No qual a natureza seja respeitada para que continue sendo a nossa principal fonte de vida e não a mensageira de nossas doenças e de catástrofes.
A Constituição Brasileira afirma com enorme clareza esses ideais, no seu artigo 225, quando estabelece que o meio ambiente saudável e equilibrado é um direito da coletividade e todos – Poder Público e sociedade – têm o dever de defendê-lo para seu próprio usufruto e para as futuras gerações Esse é o princípio fundamental sob ataque agora no Congresso Nacional, com a aprovação do projeto de lei que altera o Código Florestal. 23 anos após a vigência de nossa Constituição quer-se abrir mão de suas conquistas e provocar enorme retrocesso.
Há décadas se fala que o destino do Brasil é ser potência mundial. E muitos ainda não perceberam que o grande trunfo do Brasil para chegar a ser potência é a sua condição ambiental diferenciada, nesses tempos em que o aquecimento global leva a previsões sombrias e em que o acesso à água transforma-se numa necessidade mais estratégica do que a posse de petróleo.
Água depende de florestas. Temos o direito de destruí-las ainda mais? A qualidade do solo, para produzir alimentos, depende das florestas. Elas também são fundamentais para o equilíbrio climático, objetivo de todas as nações do planeta. Sua retirada irresponsável está ainda no centro das causas de desastres ocorridos em áreas de risco, que tantas mortes têm causado, no Brasil e no mundo.
Tudo o que aqui foi dito pode ser resumido numa frase: vamos usar, sim, nossos recursos naturais, mas de maneira sustentável. Ou seja, com o conhecimento, os cuidados e as técnicas que evitam sua destruição pura e simples. É mais do que hora de o País atualizar sua visão de desenvolvimento para incorporar essa atitude e essa visão sustentável em todas as suas dimensões.
Tal como a Constituição reconhece a manutenção das florestas como parte do projeto nacional de desenvolvimento, cabe ao poder público e nós, cidadãos brasileiros, garantir que isso aconteça. Devemos aproveitar a discussão do Código Florestal para avançar na construção do desenvolvimento sustentável. Para isso, é de extrema importância que o Senado e o governo federal ouçam a sociedade brasileira e jamais esqueçam que seus mandatos contêm, na origem, compromisso democrático inalienável de respeitar e dialogar com a sociedade para construir nossos caminhos.
O Comitê Brasil em Defesa das Florestas e do Desenvolvimento Sustentável, criado pelas instituições abaixo assinadas, convoca a sociedade brasileira a se unir a esse desafio, contribuindo para a promoção do debate e a apresentação de propostas, de modo que o Senado tenha a seu alcance elementos para aprovar uma lei à altura do Brasil.
Caso sua instituição queira aderir ao Manifesto, entre em contato no e-mail comiteflorestas@gmail.com.


Confira abaixo a lista das instituições que assinaram o manifesto até o dia 25/10/2011:

  1. 350.org
  2. 22º BA – GRUPO ESCOTEIRO CINCO VÁRZEAS – Piritiba/BA
  3. A PET Nosa de Cada Dia
  4. A Rocha Brasil
  5. ABI – Associação Brasileira de Imprensa
  6. ABONG – Associação Brasileira das ONGs
  7. ABRAMPA – Associação Brasileira dos Membros do Ministério Público de Meio Ambiente
  8. ACMUN – Associação Cultural de Mulheres Negras/RS
  9. ADA – Agência de Desenvolvimento Ambiental/PR
  10. Afroreggae
  11. Agência Ambiental Pick-upau
  12. AGROPALMA
  13. AJUFE
  14. AMALUMIAR
  15. AMB Pará – Articulação de Mulheres Brasileiras
  16. AmbienTeia UFC
  17. AMNB – Articulação de Mulheres Negras Brasileiras
  18. AMPJ – Associação Movimento Paulo Jackson
  19. APEDeMA-RS – Assembleia Permanente de Entidades em Defesa do Meio Ambiente
  20. Apremavi
  21. ASA – Articulação no Semi-Árido Brasileiro
  22. ASCAE – Associação Cultural Arte e Ecologia
  23. Associação Alternativa Terrazul
  24. Associação APAS de Agroextrativismo de Castelo dos Sonhos-PA
  25. Associação Caatinga
  26. Associação Cultural Cena Urbana
  27. Associação Cultural da Comunidade do Morro do Querosene
  28. Associação de Participação Popular de Mateus Leme (APP-ML)
  29. Associação dos Geógrafos Brasileiros
  30. Associação dos Moradores da Lagoinha e Adjacências – Lagoinha Viva!
  31. Associação dos Proprietários de RPPN do Ceará – Associação Asa Branca
  32. Associação Novo Encanto de Desenvolvimento Ecológico
  33. Associação Paraibana dos Amigos da Natureza – APAN
  34. Associação Wotchmaücü do Povo Tikuna
  35. Beraca Sabará Quimicos e Ingredientes S/A
  36. Bio-Bras (Mogi das Cruzes-SP)
  37. CACAI – Centro de Apoio a Criança e ao Adolescente de Iguaba
  38. CARE Brasil
  39. CCOB – Conselho Comunitário da Orla da Baía.
  40. CEA – Centro de Estudos Ambientais
  41. CELS – Coletivo de Educadores Livres e Solidários
  42. CENPEC
  43. Centro de Educação e Cultura do Trabalhador Rural (CENTRU -MA)
  44. Centro de Estudos e Pesquisas para o Desenvolvimento do Extremo Sul/Ba – CEPEDES
  45. Centro de Harmonização Interior
  46. CI – Conservação Internacional do Brasil
  47. CIR – Conselho Indígena de Roraima
  48. CNBB – Conferência Nacional dos Bispos do Brasil
  49. CNS – Conselho Nacional das Populações Extrativistas
  50. COAPIMA – Coordenação das Organizações e Articulações dos Povos Indígenas do Maranhão
  51. COIAB – Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira
  52. Coletivo Alternativa – Biologia UERJ
  53. Coletivo Curupira
  54. Coletivo Socioambiental de Bragança Paulista.
  55. Comissão Pró Índio do Acre
  56. Comitê Intertribal da Rio+20
  57. CONIC – Conselho Nacional das Igrejas Cristãs do Brasil
  58. CTA – Centro dos Trabalhadores da Amazônia
  59. CUT – Central Única dos Trabalhadores
  60. Ecocanes Instituição Ambiental- Canavieiras/BA.
  61. Essência Vital
  62. FASE – Federação de Órgãos para a Assistência Social e Educacional
  63. FBOMS – Fórum Brasileiro de ONGS e Movimentos Sociais
  64. FETRAF – Federação de Trabalhadores na Agricultura Familiar
  65. FMAP – Fórum de Mulheres da Amazônia Paraense
  66. Fórum Carajás
  67. Fórum das ONG´s Ambientais do Estado do Tocantins
  68. Forum de ex-Ministros de Meio Ambiente
  69. Fórum de ONGs Ambientalistas do Distrito Federal
  70. Fórum Mundaças Climáticas e Justiça Social (FMCJS)
  71. Fórum Nacional de Reforma Urbana – FNRU
  72. Fpolis/SC
  73. FSC Brasil – Conselho Brasileiro de Manejo Florestal
  74. FULANAS – Mulheres Negras da Amazônia Brasileira
  75. FUNBIO – Fundo Brasileiro para a Biodiversidade
  76. Fundação Grupo Boticário
  77. Fundação SOS MATA ATLÂNTICA
  78. Fundação Tide Setubal
  79. FURPA – Fundação Rio Parnaíba
  80. FVA – Fundação Vitória Amazônica
  81. Greenpeace Brasil
  82. GTA – Grupo de Trabalho Amazônico
  83. IBASE
  84. ICV – Instituto Centro de Vida
  85. IDESAM – Instituto de Conservação e Desenvolvimento Sustentável do Amazonas
  86. IDS – Instituto Democracia e Sustentabiliade
  87. IEAM – Instituto Encontro das Águas da Amazônia
  88. IES Brasil – Instituto de Educação Socioambiental Brasileiro
  89. IGOND – Instituto Gondwana
  90. Imaflora
  91. IMENA – Instituto de Mulheres Negras do Amapá
  92. INEGRA – Instituto Negra do Ceará
  93. INESC – Instituto de Estudos Socioeconômicos
  94. INPEcs – Instituto Nacional de Planejamento Educacional e Consultoria Social
  95. Instituto Carijós Pró-Conservação da Natureza
  96. Instituto Curicaca
  97. Instituto Ecoar para Cidadania
  98. Instituto Espinhaço – Biodiversidade, Cultura e Desenvolvimento Sócio Ambiental
  99. Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social
  100. Instituto O Direito por um País Verde
  101. Instituto Políticas Alternativas para o Cone Sul (PACS)
  102. Instituto Refloresta
  103. Instituto Transformance: Cultura e Educação (ITCE)
  104. IPAM – Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia
  105. ISA – Instituto Socioambiental
  106. ISPN – Instituto Sociedade População e Natureza
  107. ITEC – Instituto de Desenvolvimento de Tecnologias Sustentáveis e Educação Ambiental
  108. ITP – Instituto Terra Brasilis
  109. ITPA – Terra de Preservação Ambiental
  110. Jornal Oecoambiental
  111. MAB – Movimento dos Atingidos por Barragens
  112. MAMA – Movimento Articulado de Mulheres da Amazônia
  113. MEP-PA Movimento Evangélico Progressista
  114. MIB – Movimento Inovação Brasil
  115. MMC – Movimento de Mulheres Camponesas
  116. MOPSAB – Movimento Popular de Saúde Ambiental de Barueri
  117. MOPSAM Movimento Popular de Saúde Ambiental de Santo Amaro
  118. Movimento Amazônia para Sempre
  119. Movimento Ambientalista Grande Sertão Veredas – MAISVERDE
  120. Movimento Planeta Verde
  121. Movimento SOS Florestas
  122. MPA – Movimento dos Pequenos Agricultores
  123. MST – Movimentos dos Trabalhadores Sem Terra
  124. MUDH – Movimento Humanos Direitos
  125. Núcleo de Ecojornalistas do Rio Grande do Sul (nej/rs)
  126. OAB – Ordem dos Advogados do Brasil
  127. OMT – Organização Sócio Ambiental Mira Terra
  128. Ong Ação Verde – Associação Cultural Ambientalista
  129. ONG Água é Vida
  130. ONG Arara
  131. ONG MIRA SERRA
  132. ONG Redecriar
  133. Organização Bio-Bras
  134. PACS – Instituto Políticas Alternativas para o Cone Sul
  135. Papel Social Comunicação
  136. Portal Muda de Ideia
  137. Reciclázaro
  138. Rede Brasileira de Arteducadores (ABRA)
  139. Rede das Mulheres de Terreiro de Pernambuco
  140. Rede Jubileu Sul – Brasil
  141. REJU – Rede Ecumênica da Juventude
  142. REJUMA – Rede de Juventude Pelo Meio Ambiente
  143. Reliplam-Brasil (Rede Latino-Americana de Plantas Medicinais, Aromáticas e Nutracêuticas)
  144. Reserva Particular do Patrimônio Natural TUN
  145. RMA – Rede de Ongs da Mata Atlântica
  146. RMERA – Rede de Mulheres Empreendedoras Rurais da Amazônia
  147. SINPAF – Sindicato Nacional dos Trabalhadores de Pesquisa e Desenvolvimento Agropecuário
  148. SINTTRAF – Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura Familiar
  149. Slowmovie – Frida Trends
  150. Sociedade Brasileira de Espeleologia
  151. SOS Clima Terra
  152. SPVS – Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem e Educação Ambiental
  153. STTR LRV – Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Lucas do Rio Verde
  154. Terra Mãe
  155. Terrachamando
  156. UEB – União dos Escoteiros do Brasil
  157. Uiala Mukaji – Sociedade das Mulheres Negras de Pernambuco
  158. União Planetária
  159. Via Campesina
  160. VII SEMBIO-UFBA
  161. Vitae Civilis
  162. WSPA – Sociedade Mundial de Proteção Animal
  163. WWF Brasil

# Leia também: Fórum Social Temático: é hora de agir sobre o Código Florestal.

http://uesantarem.blogspot.com/2012/03/veta-dilma-o-novo-codigo-florestal.html

 

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