O caso Wikileaks é um marco na disputa da internet e da democratização da informação. Por um lado, seu decorrer tem sido repleto de ataques à rede e a pessoas vinculadas a ela por parte do governo dos Estados Unidos, mídia tradicional e aliados. Por outro, há resistência e suporte de indivíduos e organizações que defendem meios de comunicação alternativos, internet livre, transparência, democracia real e liberdade de expressão.

O fundador do Wikileaks, Julian Assange, sofre intensa perseguição há cerca de dois anos. Os ativistas do Juntos, aqui do Brasil, vêm acompanhando e participando da campanha pela sua liberdade e em defesa do Wikileaks. Na segunda edição do nosso jornal impresso, comentamos sobre o que está em jogo e o que aprendemos com o Wikileaks. Em junho desse ano, nos manifestamos para que o Equador concedesse asilo político a Julian Assange. Depois, logo após o asilo ser concedido mas a decisão ser ameaçada pelo governo britânico, convidamos todos a participarem da campanha Assange Livre.

A novela não acabou. O Reino Unido não permite que Assange saia da embaixada onde se encontra para viajar ao Equador, país cujo governo lhe concedeu asilo político. O revolucionário da comunicação completa hoje (quarta-feira, 19) seis meses preso na embaixada equatoriana em Londres. Amanhã (quinta-feira, 20), ele fará um discurso para a multidão presente na frente da embaixada às 19h (17h no horário de verão em Brasília).

Convidamos todos que se solidarizam com a causa a se manifestarem em defesa da liberdade de Assange e acompanharem sua fala pela internet. Que o discurso do fundador do Wikileaks, na véspera do dia 21/12, marque o fim do mundo conformado com o controle e a censura que ele denuncia no seu recente livro “Cypherpunks: liberdade e o futuro da internet” e o início de outro mundo com democracia e liberdade para todos.

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* Tiago Madeira é estudante de Ciência da Computação na USP e militante do Juntos!

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